transição no BC foi a mais bem planejada
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira que a atual transição no comando da autoridade monetária foi “a mais bem planejada” das últimas transições.
Segundo ele, “independentemente da polarização política e das críticas”, no entanto.
A afirmação foi feita na entrevista coletiva concedida para comentar o Relatório de Inflação (RI), divulgado mais cedo pelo BC.
“Sempre disse que faria a transição mais suave possível, respeitando a institucionalidade e o processo de autonomia que foi criado”, afirmou na sede do BC, em Brasília.
Campos Neto revelou que “sexta-feira (20) será o seu último dia na prática” na presidência da autoridade monetária.
O atual diretor de Política Monetária e futuro presidente, Gabriel Galípolo, assumirá interinamente o comando a partir de então.
Até efetivamente tomar posse no começo do ano que vem.
Em sua declaração, Campos Neto afirmou que buscou durante as últimas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) dar “mais peso” às opiniões de seu “sucessores” na diretoria do BC.
“Essa foi a tônica das últimas duas reuniões, com peso maior obviamente na última reunião”, disse.
“Entendemos que isso facilitava a passagem de bastão.”
Além disso, em seu discurso, Campos Neto destacou que já tinha afirmado “desde o início que não acreditava em recondução” no cargo.
Também que, assim, “ficaria até o fim do mandato independentemente de qualquer tipo de pressão”.
Ele também afirmou que atuou de maneira “técnica” e institucional, “acima de interesse pessoas e políticos”.
Além disso, que as decisões do Copom mostram isso.
Ainda disse que acredita que o “BC está bem preparado e equipado para exercer seu papel” no futuro.
Com informações do Valor Econômico