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Transferência bilionária de Bitcoin pelos EUA sugere pressa de venda antes de Trump assumir Casa Branca

Parece que o governo dos Estados Unidos está apressando a venda de seus bitcoins confiscados antes da posse de Donald Trump, que prometeu não vender os ativos durante seu próximo mandato.

Uma movimentação registrada na manhã desta segunda-feira (2) revela que os EUA transferiram o equivalente a R$ 9,4 bilhões (US$ 1,92 bilhão) em Bitcoin para novas carteiras, dividindo os valores em duas transações: uma de R$ 4,7 bilhões e outra de R$ 4,6 bilhões, conforme dados da Arkham Intelligence.

Transferências do tipo indicam vendas, o que gerou especulações sobre um possível objetivo de venda iminente, principalmente porque Trump já mostrou intenção de transformar os bitcoins do governo em uma reserva estratégica nacional.

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Administração Biden pode estar acelerando venda de bitcoins antes da posse de Trump

Com o Bitcoin valorizando mais de 38% nos últimos 30 dias, atingindo picos de US$ 99 mil em novembro, analistas apontam que a administração atual pode estar tentando lucrar antes de entregar o cargo.

As transferências, registradas no bloco 872935, foram divididas em duas partes: uma de US$ 969 milhões para o endereço “33Tgpo…y3BShW” e outra de US$ 949 milhões para “bc1qxkh….g6wc7p6”, segundo dados da Arkham Intelligence.

A decisão ocorre poucos meses antes de Donald Trump reassumir a presidência, trazendo à tona questões sobre a estratégia de longo prazo dos Estados Unidos com seus bitcoins confiscados.

Analistas acreditam que as vendas podem ser uma tentativa de realizar lucros antes da posse de Trump, considerando o desempenho recorde da criptomoeda nos últimos meses. Em novembro, o Bitcoin chegou a ser negociado a US$ 99 mil, antes de uma leve correção para US$ 96.207.

Debate sobre reservas de Bitcoin

O debate sobre a criação de reservas soberanas de Bitcoin não é exclusivo dos Estados Unidos. No Congresso americano, a senadora Cynthia Lummis já apresentou o BITCOIN Act, que busca transformar a criptomoeda em uma parte estratégica das finanças nacionais.

Outros países também estão de olho nessa possibilidade: no Brasil, parlamentares discutem a criação de uma reserva soberana de Bitcoin, enquanto um candidato presidencial na Polônia incluiu uma proposta semelhante em sua campanha.

O movimento do governo dos EUA é visto como uma jogada controversa. Enquanto alguns defendem a venda como forma de gerar receita imediata, outros argumentam que manter os bitcoins poderia fortalecer a posição econômica do país a longo prazo.

Com mais de US$ 18 bilhões ainda em reservas, a gestão futura de Trump promete ser um divisor de águas no papel das criptomoedas nas políticas econômicas globais.



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