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Tiago Reis perde aposta contra o Bitcoin e xinga muito no Twitter: “dinheiro burro”

Thiago Reis, o fundador da Suno, descobriu mais uma vez que apostar contra o Bitcoin pode ser uma péssima ideia. Em publicação na noite desta segunda-feira (16), o influenciador de finanças, considerado um dos maiores críticos do bitcoin no Brasil, revelou ter encerrado sua aposta contra a moeda digital.

Reis disse ter fechado uma operação de long and short, estratégia usada para lucrar com a redução do prêmio de holding de um ativo, gerando um “lucro” de R$ 1,3 mil em duas semanas — “o equivalente a dois bolsas-família”, comparou.

Apesar de afirmar que saiu ganhando, as perdas reais na posição vendida (M2ST34) foram maiores, levando a um prejuízo total de -1,57% ou R$ 2.809, conforme dados do Mises Capital.

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Tiago Reis aposta contra o Bitcoin, de novo, e perde

Tiago Reis é um crítico antigo do Bitcoin, frequentemente apontando para a “volatilidade extrema” do Bitcoin e a ausência de fundamentos econômicos tradicionais que justifiquem seu preço.

Ele já comparou o Bitcoin a ativos especulativos, afirmando que muitos investidores entram no mercado sem entender realmente o que estão fazendo. Segundo ele, o entusiasmo em torno das criptomoedas é movido mais pela especulação do que por análises racionais.

Em diversas ocasiões, Thiago chegou a dizer que o Bitcoin não possui valor intrínseco, é dominado por investidores inexperientes, e tem um risco muito elevado; apostando contra a moeda digital.

Agora, Reis explicou que decidiu encerrar tal aposta para manter o foco em investimentos mais relevantes dentro de seu portfólio. “A decisão seria multiplicar por 100x o tamanho deste trade ou encerrar. Decidi encerrar, pois não queria transformar este trade em algo tão central na minha vida”, explicou.

Tiago Reis sugere que investidores em criptomoedas são burros

No meio disso tudo, foi sua análise sobre o mercado de criptomoedas que chamou mais atenção. Ele afirmou que poucos investidores compreendem operações financeiras mais sofisticadas e que até mesmo a imprensa e influenciadores digitais especializados mostraram uma visão distorcida sobre sua estratégia.

“Alguns achavam que eu estava investindo em bitcoin. Outros achavam que eu estava ficado vendido em bitcoin. Na verdade, não era nem um nem outro”, disse, sugerindo que ele é a única pessoa no universo que entende do assunto.

Para Reis, o mercado de criptomoedas é dominado por “investidores pouco informados”, ou como ele definiu: “dumb money” (dinheiro burro).

“Em quase todos os mercados financeiros tem muito dumb money. Mas neste específico parece ser uma força majoritária”, afirmou.

Ele ainda afirmou que essa falta de conhecimento cria oportunidades lucrativas para investidores mais preparados, como ele.

“Esse tipo de análise, feita com o fígado e não com o cérebro, gera distorções no mercado. Que pessoas como eu iriam aproveitar”, completou.

Apesar das críticas, Reis deixou claro que considera as criptomoedas um campo fértil para quem domina estratégias financeiras avançadas. “Agora já aprendi. Da próxima vez vou entrar bem maior”, concluiu, indicando que suas incursões no mercado cripto estão longe de terminar.

O que aconteceu com a aposta de Tiago Reis?

A operação de Thiago Reis foi uma estratégia chamada “long and short”, que funciona assim:

  • Posição comprada (long): Ele apostou que o IBIT39, um ativo que reflete o preço do Bitcoin, iria subir.
  • Posição vendida (short): Ao mesmo tempo, ele apostou que o M2ST34, um ativo ligado à empresa MicroStrategy, iria cair.
  • A ideia era lucrar com a diferença de desempenho entre os dois ativos. Thiago acreditava que o preço do Bitcoin subiria mais do que o valor das ações da MicroStrategy.

O IBIT39 realmente subiu cerca de 7,84%, o que foi positivo. Porém, o M2ST34 subiu também, em vez de cair, com uma alta de 11,10%. Isso foi ruim para a operação, pois ele havia apostado na queda desse ativo.

Como resultado, mesmo acertando na ponta comprada (IBIT39), as perdas na posição vendida (M2ST34) foram maiores, levando a um prejuízo total de -1,57% ou R$ 2.809.

Por que deu errado?

Thiago esperava que a MicroStrategy se desvalorizasse, mas isso não aconteceu. Em vez disso, o ativo subiu, e como ele estava “apostando contra” essa valorização, a operação gerou prejuízo.

Além disso, o custo de manter a aposta no ativo vendido (M2ST34) — chamado de aluguel, que tem uma taxa anual de 15% — ainda não foi incluído no cálculo, o que poderia piorar o resultado final.

Depois de perder aposta contra o Bitcoin (de novo), Tiago Reis dá chilique e xinga todo mundo

Após sua aposta dar errado, Tiago Reis ficou irritado e direcionou críticas aos veículos de comunicação especializados em criptomoedas e aos principais influenciadores do setor, como Renato 38, acusando eles de desinformação e falta de entendimento.

Em suas declarações, ele não poupou palavras duras ao afirmar que a imprensa cripto e os principais nomes do setor não conseguem explicar sequer o básico sobre operações mais complexas, como a estratégia de long and short que ele realizou. Segundo Reis:

“Se você quer investir neste mercado, ok. Mas não leia nada deste segmento. Os veículos de imprensa do setor não entendem nada. O principal influencer do setor não entende nada.”

Ele ainda acusou os meios de comunicação de divulgarem informações falsas sobre sua operação, afirmando que alguns chegaram a dizer que ele estava investindo em Bitcoin, o que não era verdade.

A operação, na realidade, consistia em uma aposta contra a MicroStrategy (M2ST34) e a favor do IBIT39, um ativo vinculado ao Bitcoin. Para Reis, essa distorção reflete desconhecimento ou desonestidade, tornando, em suas palavras, o serviço da imprensa cripto “inútil” e prejudicial aos investidores.

“Eles divulgaram que eu estava investindo em bitcoin. O que não era verdade. Demonstrando desconhecimento ou desonestidade. Em ambos os casos, torna o serviço deles inútil. E alimenta este comportamento do dumb money.”

Reis também criticou a influência negativa que essa desinformação tem no mercado de criptomoedas, afirmando que a falta de preparo da imprensa e dos influenciadores apenas fortalece o papel do chamado “dumb money” — investidores pouco informados que atuam com base em emoções ou informações imprecisas.

Para ele, essas distorções acabam sendo oportunidades lucrativas para investidores mais bem preparados, como ele próprio tenta se posicionar.

Durante suas críticas, Thiago Reis chegou a zombar de Renato Amoedo (38tão), o maior educador em Bitcoin do Brasil. Demonstrando indiferença e desprezo, ele afirmou:

“Eu nem conhecia. É um que tem letra e número no nome. Nem lembro. Desinformação total.”



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