Tesouro Direto é o queridinho da vez na renda fixa, aponta Itaú
Quem será o mais novo queridinho da renda fixa? De acordo com um levantamento feito pelo Itaú Unibanco entre janeiro de 2023 e agosto desse ano, houve um aumento de 20% na média mensal do número de clientes que investiram parte de seu dinheiro no Tesouro Direto.
É isso mesmo! O título, que nada mais é do a compra de papéis do governo federal, teve o seu maior aumento nas carteiras dos clientes do Itaú Unibanco que apesentam renda mensal acima de R$ 15 mil. Ou, então, os clientes que tenham mais de R$ 250 mil em investimentos.
Aliás, vale saber também que no período do levantamento, os títulos mais investidos foram àqueles indexados à inflação e os atrelados à taxa Selic. Para se ter uma ideia, esses dois produtos juntos corresponderam a 75% das ordens de compras feitas só em agosto de 2024
Outro ponto que merece atenção quando o assunto é o Tesouro Direto é que, recentemente, o site para compra de títulos suspendeu a venda dos ativos mais buscados pelos investidores, que são os pós-fixados atrelados à inflação (IPCA) e os prefixados.
Tesouro Direto pode ser relevante na carteira de investimentos
Os dados do banco indicam ainda que os produtos Tesouro Renda+ e Tesouro Educa+ registraram o maior crescimento no período, cerca de 8 pontos percentuais.
“Essas informações, portanto, mostram que o Tesouro Direto pode ter um papel de relevância na composição de portfolios de todos os perfis de investidores. Isso aliado a outras classes de ativos”, afirma André Archanjo, superintendente de assessoria de investimentos do Itaú Unibanco.
Ainda de acordo com o especialista, com o aumento da taxa Selic na última reunião do Copom e um provável começo de ciclo de aumento de juros, a renda fixa pós-fixada acaba ficando mais atrativa. Já que acompanha esse indicador.
“E o Tesouro Direto, com destaque para o Tesouro Selic, pode ser uma oportunidade para acompanhar essa movimentação do mercado”, acrescenta.