‘Temos expectativa de entregar margens melhores do que no passado’, diz Weg
A fabricante de motores elétricos Weg avalia que a margem Ebitda obtida no terceiro trimestre, de 22,6%, é “muito boa”, mesmo com a pequena queda de 0,3 ponto percentual sobre o segundo período deste ano — houve aumento de 1,1 ponto em relação ao terceiro trimestre de 2023. Analistas ficaram decepcionados com o indicador após a publicação dos resultados.
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Em teleconferência com investidores, nesta quinta-feira (31), o diretor administrativo-financeiro da .
“Para este ano, temos expectativa de entregar margens melhores do que no passado”, ressaltou. Rodrigues afirmou, no entanto, que a empresa não vê mudanças “relevantes” no indicador, nos próximos trimestres.
Houve aumento de 32% nas despesas da companhia, e o executivo afirmou que o aumento dos fretes teve impacto nesse item. Também houve impacto do câmbio, com desvalorização de cerca de 13% do real, o que atrapalha a consolidação das despesas da Weg no exterior. Do faturamento da companhia, 60,6% já vêm do mercado externo.
A demanda por equipamentos eletroeletrônicos de ciclo curto está positiva, segundo André Salgueiro, diretor de finanças e de relações com investidores da companhia. E há cenário positivo para equipamentos industriais nos próximos trimestres.
Para equipamentos de ciclo longo, é esperado crescimento menor “ou até pequena perda”, porque, no ano passado, ocorreu a entrega de projetos grandes, como de papel de celulose, que não se repetiram em 2024. De acordo com ele, há sinalização de alguns projetos desse setor que devem entrar no pipeline da Weg nos próximos trimestres.
Questionado sobre oportunidades em soluções para armazenagem de baterias, Rodrigues afirmou que a empresa vê “excelente oportunidade”, para médio e longo prazos, para produtos que vão da aplicação residencial à de larga escala. “Além de boas expectativas para sistemas de baterias em leilões de energia no brasil”, ressaltou.
Produção de veículos totalmente elétricos
A revisão para baixo de metas de montadoras sobre a produção de veículos totalmente elétricos não muda a estratégia da Weg nesse campo, afirmou Salgueiro. Isso porque a empresa acredita que ao menos parte do mercado terá algum componente elétrico, como no caso dos carros híbridos.
“O híbrido plug-in precisa ser carregado”, lembrou. A empresa desenvolve estações de recarga e também ‘powertrains’, para veículos elétricos pesados, como caminhões pequenos e ônibus.
“Ainda está na curva inicial de demanda, que tende a aumentar ao longo do tempo”, disse. A empresa também está entregando seus últimos projetos em energia eólica, mas anuncia uma carteira positiva em energia solar, com crescimento esperado a partir do quarto trimestre.
Eleição nos EUA
Com atuação forte fora do Brasil, a Weg foi indagada sobre possíveis impactos da eleição presidencial americana, que ocorre na próxima terça-feira (5).
Salgueiro afirmou que o cenário ainda é incerto, mas que a Weg tem certa proteção contra possíveis aumentos de tarifas para produtos importados. Segundo ele, a empresa já produz na América do Norte dois terços do que vende na região. Desse total, metade é feita nos Estados Unidos e metade, no México.
No entanto, as fábricas da Marathon estão rodando com 50% de capacidade ociosa, destacou, e poderiam ser usadas para migrar mais produção para o EUA, se preciso.
*Com informações do Valor Econômico