A taxa das blusinhas, como ficou conhecido o novo imposto sobre compras internacionais de até US$ 50, foi criticada por Rafael Sales, CEO da Allos, dona de redes de shoppings centers.
Sales disse ser defensor do livre mercado, mas que o caso de impostos abaixo do cobrado do varejo nacional é “ridículo” e fruto de um “populismo barato”.
“Quer competir, venha, como fez o iPhone”, analisou o executivo ao comparar a atuação de sites asiáticos como Shein, Shopee, Ali e Temu com a gigante de tecnologia americana Apple.
Sales esteve presente em evento do Santander em São Paulo. O encontro contou também com a presença de Cristina Betts, CEO do Iguatemi.
A executiva disse que seus lojistas sofrem menos com a situação por conta do valor mais alto das compras na rede de shoppings que administra.
O tíquete médio do Iguatemi é de R$ 1,4 mil. Acima dos cerca de R$ 280, que é o piso capturado pelo novo imposto.
Mas ela reconheceu “falta de isonomia” no novo imposto.
Dessa forma, a executiva destaca a experiência oferecida dentro do shopping, inalcansável pelos portais de compra. “Para nós faz pouco impacto. Mas para outros empreendimentos de diferentes níveis o impacto é muito maior”, acrescenta.
