Substituição na AgroGalaxy (AGXY3): empresa em recuperação judicial anuncia novo diretor financeiro e de relações com investidores
A AgroGalaxy (AGXY3) anunciou na noite de segunda-feira (9) a troca do diretor financeiro e de relações com investidores após a saída de Marcelo Ematne Amaral. Com isso, entra em seu lugar Luiz Conrado dos Santos Carvalho Sundfeld.
Conrado possui uma vasta experiência em diversos setores, como agronegócio, finanças e logística, tendo trabalhado em empresas de renome como Cantagalo General Grains, COFCO International e ADM, de acordo com o comunicado enviado à CVM.
Assim, após as mudanças, a diretoria da AgroGalaxy agora é composta por:
- Eron Martins: Diretor Presidente
- Luiz Conrado Sundfeld: Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
- Marina Godoy da Cunha Alves: Diretora Jurídica, Integridade e ESG
Vale lembrar que a AgroGalaxy apresentou seu plano de recuperação judicial no início de dezembro, prevendo o pagamento integral dos saldos devidos aos credores.
A proposta estabelece que fornecedores que mantiverem relações comerciais receberão 100% do valor devido em 10 anos, enquanto credores financeiros terão prazo de 11 anos.
Para produtores rurais parceiros, o plano prevê início dos pagamentos já nos primeiros meses após a homologação do plano de recuperação. Já os credores que não aderirem às condições de parceria enfrentarão descontos significativos e prazos mais longos.
A recuperação judicial da AgroGalaxy (AGXY3)
A AgroGalaxy foi uma das empresas que estrearam na B3 na última safra de IPOs da bolsa brasileira, em 2021, mas o seu processo de expansão pelo agro começou lá em 2016, a partir da aquisição de diversas empresas.
No entanto, desde a abertura de capital, as ações da companhia de insumos agrícolas praticamente evaporaram, com desvalorização acumulada de 90%. Só em 2024, os papéis recuaram 78% na bolsa.
Vale dizer, contudo, que os papéis têm se recuperado após a perspectiva de reestruturação dos negócios. Na semana, a valorização das ações é de 92%.
Em maio, os analistas Citi já haviam alertado os investidores de que a AgroGalaxy experimentaria um ano difícil.
No entanto, o banco suíço manteve na época a recomendação de compra/alto risco — justificada pela pequena capitalização de mercado e baixa liquidez — para as ações AGXY3.