Dólar

Sob pressão dos juros futuros, Ibovespa cai 1,55%; após sete quedas seguidas, dólar sobe 1,78% e vai a R$ 5,52

Em mais um dia de forte alta dos juros futuros, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 1,55%, aos 131.065 pontos. Na mínima intradiária, o índice chegou a bater 130.907 pontos, e na máxima, 133.128 pontos.

No acumulado da semana, o índice registrou queda de 2,83%.

Ibovespa hoje

O volume financeiro do índice foi de R$ 25 bilhões e na B3, R$ 33,4 bilhões.

A sessão também foi de recuo das ações da Vale, que caíram 1,51%, a R$ 57,35.

Papéis de bancos também sofreram, com destaque para as units do BTG Pactual, que contraíram 3,98%, a R$ 33,33.

Agentes financeiros intensificaram a visão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) terá que acelerar o passo de aumento dos juros na reunião de novembro.

A sexta-feira também foi de rebalanceamento do índice FTSE Emerging Market, que reduziu a participação do Brasil, de 5,3% para 5,2%.

O movimento pode ter gerado uma saída de US$ 200 milhões na sessão, segundo estimativa feita pela Scotiabank Brasil.

O desempenho do Ibovespa foi um pouco pior do que o registrado pelas bolsas americanas.

O Nasdaq e o S&P 500 recuaram 0,36% e 0,19%, respectivamente, e o Dow Jones encerrou próximo da estabilidade, com alta de 0,09%, alcançando novo recorde.

Dólar hoje

O dólar à vista exibiu forte valorização frente ao real na sessão de hoje.

Operadores mencionaram tanto um ajuste após sete sessões de queda da moeda americana, quanto um mau humor global que levou a uma fuga dos ativos de risco, além de um aumento do prêmio de risco por conta da questão fiscal brasileira.

Nesse combinado de fatores, o dólar avançou mais de 1,7%, e o real apresentou o pior desempenho da sessão, da relação das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.

Na semana, no entanto, o dólar recuou 0,83%.

Terminadas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial fechou em alta de 1,78%, cotado a R$ 5,5208, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,4193 e tocado na máxima de R$ 5,5238.

Já o euro comercial exibiu valorização de 1,77%, a R$ 6,1619.

No exterior, perto do fechamento, o índice DXY avançava 0,16%, a 100,773 pontos.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira sem sinal único, na medida em que o rali observado após o corte nos juros mais agressivo que o esperado nos Estados Unidos perdeu fôlego.

O índice Dow Jones, ainda assim, registrou nova máxima histórica de fechamento e conseguiu ultrapassar o nível psicológico dos 42 mil pontos.

Isso apesar da dinâmica negativa do setor de tecnologia, que afetou os outros indicadores, que, no entanto, terminaram com ganhos no acumulado da semana.

Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,09%, para 42.063,36 pontos, e acumulou alta de 1,62% na semana; já o S&P 500 registrou queda de 0,19% no dia, aos 5.702,55 pontos, mas terminou a semana com ganho de 1,36%.

O índice eletrônico Nasdaq, por sua vez, recuou 0,36% na sessão, a 17.948,32 pontos, mas subiu 1,49% na semana.

O volume de negócios foi maior na sessão desta sexta-feira, que enfrentou instabilidade no comportamento dos mercados, embora em níveis bastante contidos.

O dia foi de “quadruple witching”, com vencimento de opções de ações, opções de índices, futuros de índices e futuros de ações.

Vale notar que a sessão foi negativa para o setor de tecnologia do S&P 500 (-0,50%), em um dia de realização de lucros nos papéis de algumas das principais companhias do segmento.

As ações da Nvidia caíram 1,59%; as da Microsoft recuaram 0,78%; e as da Netflix perderam 0,47%.

Bolsas da Europa

Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta sexta-feira (20) em queda firme, na medida em que a euforia vista após o corte de 0,5 ponto nos juros pelo Federal Reserve (Fed) perdeu fôlego.

Papéis de companhias do setor automotivo enfrentaram duras perdas na sessão e ajudaram a pressionar os índices acionários, que também encerraram a semana no negativo.

O índice pan-europeu Stoxx 600 cedeu 1,45%, aos 514,11 pontos, e, assim, acumulou perda de 0,36% na semana. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, recuou 1,19%; o DAX, de Frankfurt, caiu 1,49%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, anotou baixa de 1,51%.

As ações do setor automotivo enfrentaram duras perdas na sessão, com destaque para a queda de 6,80% dos papéis da Mercedes-Benz, em Frankfurt, após a montadora cortar o “guidance” para seus resultados neste ano, devido à demanda mais fraca da China.

Na Bolsa de Estocolmo, as ações da Volvo recuaram 1,25%, enquanto as da Stellantis tiveram queda de 3,44% em Milão.

Os mercados também se mostraram atentos a declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que mostrou um tom satisfatório com a ancoragem das expectativas para a alta dos preços na zona do euro.

Ela voltou a indicar que a inflação “deve retornar a 2% no segundo semestre do ano que vem”, o que considerou ser uma “reversão notável” após o choque inflacionário visto na pandemia.

Com informações do Valor Econômico

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