Só pessoas de mau-caráter defendem o Drex, diz Fábio Akita
Fabio Akita, um dos maiores especialistas em tecnologia no Brasil, fez um alerta no LinkedIn sobre o Drex, a futura moeda digital brasileira. Em seu texto, Akita afirma que somente “pessoas imbecis ou mau-caráter defendem o Drex”.
O texto é uma é resposta às declarações de Eric Altafim, diretor de Produtos Corporate Sales do Itaú Unibanco, que defende o DREX por suas funcionalidades de “dinheiro programado”.
Nas palavras de Altafim, o Drex poderá ser utilizado em programas sociais como o Bolsa Família, restringindo a compra de produtos a determinados itens ou locais.
Altafim defende que, enquanto o Pix já resolveu muitos problemas de pagamento instantâneo, o Drex poderia trazer inteligência aos gastos públicos e aumentar a arrecadação fiscal.
Apesar de a funcionalidade ser bem vista por alguns, ela foi criticada por outros, como Guilherme Rennó, do canal Criptomanicos, que afirmou que o governo poderá, entre outras coisas, decidir o que uma pessoa pode comprar com o próprio dinheiro, onde o dinheiro pode ser gasto e aumentar arrecadação de impostos.
Só pessoas imbecis ou mau-caráter defendem o Drex
Akita criticou fortemente a proposta da moeda digital brasileira, argumentando que é uma forma de controle que deve ser evitada a todo custo.
Ele afirma que mesmo que as autoridades decidam confiscar contas bancárias, ele pessoalmente não teria grandes quantias em Reais, o que indica sua intenção de se proteger contra as consequências de um sistema financeiro centralizado.
Embora reconheça que não pode impedir a implementação do Drex no país, ele sugere que todos devem “minimizar o impacto” em suas vidas financeiras. Para isso, recomenda que as pessoas comecem a acumular Bitcoin, tratando a moeda digital como uma reserva de emergência.
Akita também alerta que os fundos não devem ser mantidos em corretoras, mas sim em carteiras frias (cold wallets), proporcionando maior segurança e controle sobre os ativos.
Mesmo aos poucos, comecem acumulando Bitcoin. Reserva de emergência. Não deixem em corretora nacional, sempre em carteira fria, qualquer uma.
Tais carteiras podem ser compradas no Brasil na KriptoBr.
O especialista em tecnologia também argumenta que somente alguém “completamente imbecil ou mau-caráter” defenderia o Drex, especialmente se já possui dólares em contas no exterior.
Sua posição é clara: não existe nada de bom em uma moeda digital controlada pelo governo, e ele reitera que o Drex representa o oposto do Bitcoin. Para Akita, o Bitcoin é sinônimo de liberdade e autonomia financeira, enquanto o Drex é um símbolo de opressão e controle.
Veja o vídeo:
Quem é Fabio Akita?
Fabio Akita é um nome respeitado no Brasil por sua experiência no setor de tecnologia. Ele já foi CEO da corretora de criptomoedas OmniTrade e, por isso, possui entendimento do mercado e da dinâmica das moedas digitais.
Ao falar sobre o Drex, Akita faz eco a preocupações mais amplas sobre a vigilância governamental e o controle sobre a vida financeira das pessoas. A crítica também ressoa com temas discutidos em obras distópicas, como “1984” de George Orwell, onde a opressão através do controle estatal é uma realidade aterrorizante.
O Drex, que foi concebido como uma modernização do sistema financeiro brasileiro, promete facilitar transações e modernizar a economia. No entanto, a crítica de Akita aponta para perigos potenciais de um sistema financeiro que não respeita a privacidade de ninguém.
Ele argumenta que, em vez de um avanço, a implementação do Drex pode ser um retrocesso em termos de liberdade.
Em sua postagem, Akita faz um apelo à ação, incentivando as pessoas a se prepararem para um futuro em que suas liberdades financeiras podem estar ameaçadas. O Bitcoin, segundo ele, é a chave para garantir que os cidadãos mantenham o controle sobre seus próprios recursos, longe do alcance de instituições que buscam centralizar o poder.