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Sequoia (SEQL3) de CEO novo: Fundador deixa comando após 13 anos e ex-Ambev assume como diretor presidente interino 

As novidades não param de chegar para os acionistas da Sequoia (SEQL3). Uma semana após o sinal verde da Justiça para o plano de recuperação extrajudicial, a companhia decidiu também reestruturar seu alto escalão — a começar pelo CEO.

A empresa de logística e transportes iniciou nesta terça-feira (29) um processo estruturado de transição do cargo de diretor presidente com duração até fevereiro de 2025. 

Com as mudanças, o fundador e atual CEO, Armando Marchesan Neto, deixará a posição e passará a ocupar uma cadeira no conselho de administração da Sequoia.

O fundador da empresa ainda permanecerá nos Comitês e em instâncias estratégicas do colegiado, além de liderar o comitê de vendas e operações.

Segundo fato relevante enviado à CVM, Marchesan Neto liderou a companhia nos últimos quase 13 anos e “foi o responsável, entre inúmeras outras conquistas, pela fundação, construção e ascensão da companhia ao topo do setor culminando com sua abertura de capital na B3”.

Para substituí-lo à frente da companhia, o conselho elegeu Alexandre Rodrigues como sucessor.

Rodrigues assume hoje a posição de CEO interino como preparação para o cargo permanente de diretor presidente da Sequoia, cujo mandato começará também em 1 de fevereiro do ano que vem.

Com 25 anos de experiência executiva em operações industriais, logística e serviços, o executivo já atuou em cargos de liderança na Ambev, Votorantim e na Ouro Verde/Unidas.

A situação financeira da Sequoia (SEQL3)

Vale relembrar que a Sequoia (SEQL3) deu início ao processo de reestruturação de dívidas não-financeiras neste mês. 

O plano atual inclui a conversão e reperfilamento de créditos de cerca de R$ 295 milhões, resultado de contratos firmados com fornecedores, prestadores de serviços e locadores de armazéns ao longo dos últimos anos.

Antes disso, a companhia já havia fechado um acordo de renegociação de dívidas com os bancos e os investidores de debêntures em dezembro do ano passado.

Segundo a Sequoia Logística (SEQL3), a recuperação extrajudicial é resultado das “dificuldades momentâneas” enfrentadas pelas empresas e fruto da “desaceleração do e-commerce no Brasil no último ano”.

Com IPO realizado na B3 em 2020, ainda durante a pandemia de covid-19, a Sequoia Logística sofreu com o ciclo de alta de juros que se seguiu. 

Desde a abertura de capital, as ações SEQL3 praticamente viraram pó, com uma derrocada acumulada de 98% na bolsa. Hoje a empresa vale R$ 84,6 milhões na B3.

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Na avaliação da empresa, a crise atual é “plenamente superável”, especialmente considerando os efeitos da atual reestruturação de dívidas com os credores.

A companhia tinha conseguido evitar a recuperação judicial até então, mas precisou fazer um duro plano de reestruturação das dívidas em outubro de 2023 para limpar o balanço e alongar o prazo do pagamento dos débitos.

Inicialmente, essa renegociação incluiu os credores financeiros e de mercado de capitais — bancos e debenturistas —, que detinham dívidas da ordem de R$ 750 milhões. Com a reestruturação, a empresa conseguiu diminuir os débitos em  82%, com R$ 582 milhões convertidos em ações e o valor restante, alongado.

No primeiro semestre deste ano, a Sequoia também anunciou uma combinação de negócios com a Move3.

Apesar dessas medidas, os papéis SEQL3 ainda acumulam baixa de 61% neste ano e precisaram passar por um grupamento, pois chegaram a ser negociados na casa dos centavos.

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