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Saiba como diversificar ao investir no exterior

O brasileiro está querendo cada vez mais diversificar a sua carteira de investimentos. Esse dado interessante foi apresentado durante uma pesquisa feita pela B3 em parceria com o Instituto Bridge Research. E veja só, a diversificação ao investir no exterior é um caminho.

Ao longo das entrevistas com mais de 2.600 brasileiros de todas as regiões do país e classes sociais que possuem algum tipo de investimentos, foi identificado nove perfis de investidor. É isso mesmo!

Diversificação ao investir no exterior pode ser opção

Aliás, dentro desse grupo, a maioria afirma que gostaria de diversificar os seus investimentos.

Por outro lado, apenas 25% dos entrevistados disseram ter explorado ativos internacionais. Desse modo, o perfil que tem como classificação “sofisticados no investimento”, por exemplo, é considerado o perfil de investidores que têm o maior percentual de pessoas (77%) que mantêm a estratégia de diversificação. Além de ser o perfil com maior número de investidores que já investiram no exterior, com 50%.

Diversificação ao investir no exterior

Desse modo, deu para perceber que é possível sim ter uma carteira diversificada com investimentos no exterior.

“Diversificar o portfólio com ativos em dólar, que é considerada uma moeda forte e mais estável, pode ajudar a garantir uma maior estabilidade financeira. O que torna os investimentos mais robustos diante das flutuações do mercado local. Além de poder reduzir o risco associado a uma única economia”, afirma Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad.

Mas de que maneira é possível diversificar com investimentos no exterior? Paula traz algumas possibilidades de como fazer isso.

Ou seja, ela apresenta algumas opções de ativos financeiros internacionais. Veja só!

Stocks ou ações americanas

Até um tempinho atrás, diversificar a carteira com ações americanas, por exemplo, era feita via BDRs, que nada mais são do que títulos negociados no Brasil e representam ativos (como as ações) emitidos no exterior.

“Esses títulos, portanto, faz com que o investidor possa investir em ações de empresas gringas de forma indireta. Dessa maneira, é possível ter acesso ao mercado internacional sem que precise abrir uma conta no exterior. Por outro lado, atualmente, comprar ações de companhias estrangeiras aqui no Brasil está mais simples”, argumenta Paula.

Isso porque, ainda de acordo com a especialista, investir via BDRs não traz exposição direta ao mercado americano.

 “Adquirir um BDR é o mesmo que ter um documento emitido por uma empresa, que por sua vez comprou a ação. Portanto, na prática, você terceiriza a compra da ação para uma instituição depositária, para poder comprar em reais, na bolsa brasileira. Então, na verdade você não se torna acionista daquela companhia, e sim dono desse título”, diz.

Paula conta ainda que isso pode trazer algumas implicações, como baixa liquidez e a cobrança de taxas sobre o pagamento de dividendos, por exemplo.

“Além disso, o universo de emissões é consideravelmente menor. Afinal de contas, a B3 tem cerca de 900 BDRs disponíveis. Enquanto a bolsa dos Estados Unidos acessa mais de 6 mil ações, além de ETFs e outros ativos”, afirma.

CDs americanos

Outra boa maneira de começar a diversificar investimento no exterior se dá por meio dos bonds ou Certificates of Deposit (CDs), que é a renda fixa norte-americana. E veja, são bem iguais aos CDBs que temos aqui no Brasil.

“Por isso, vale saber que os CDs americanos e os CDBs brasileiros possuem uma série de características em comum. Portanto, podemos até dizer que os produtos são complementares quando se pensa em diversificação de carteira”, comenta Paula.

A especialista explica que os certificates of deposit americanos são investimentos oferecidos por bancos dos EUA. Por isso, trazem segurança e estabilidade, além de proteger o portfólio contra a volatilidade do real e trazer rendimentos em dólar.

“Tanto os CDBs quanto os CDs são vistos como alternativa entre as opções de renda fixa em relação aos títulos do governo americano (treasury bonds, que são similares ao Tesouro Direto) e aos bonds (no Brasil, equivalente às debêntures)”, acrescenta.

Sendo assim, os CDs é uma possibilidade de receber rendimentos em dólares, com a previsibilidade da renda fixa. “Além disso existe a proteção de um mecanismo semelhante ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que é o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC). Então, assim como o FGC, o FDIC assegura até US$ 250 mil por pessoa por instituição”, comenta Paula.

Qual a diferença entre CDs e CDBs?

Então, as diferenças do ativo brasileiro e o americano é que os CDs costumam ser prefixados, com prazos de vencimento entre 3 e 24 meses.

Embora os CDBs brasileiros tenham a garantia do FGC e ofereçam uma alternativa segura dentro do Brasil, não proporcionam a mesma proteção contra a inflação e a desvalorização do real que os CDs americanos.

Exchange Traded Funds (ETFs)

Os ETFs são fundos que tem sua negociação na bolsa de valores e funcionam de maneira similar aos fundos de investimento convencionais, mas com uma grande vantagem: suas cotas possuem a negociação parecida com as ações.

“Eles oferecem, então, uma maneira eficiente de diversificação da carteira com uma variedade de ativos. E mais, eles têm como objetivo replicar determinados índices de mercado, como por exemplo o Ibovespa, que é da bolsa brasileira, ou o índice S&P 500, dos Estados Unidos”, esclarece a especialista.

Com isso, ainda de acordo com Paula, quando você adquire uma cota de um desses ETFs, não está investindo em uma só empresa, mas em um conjunto delas, que representam aquele índice.

Portanto, investir em ETFs é outra maneira de diversificar globalmente e se expor a uma moeda forte como o dólar. E isso, claro, ajuda a manter o portfólio equilibrado frente a possíveis flutuações do real.

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