ReclameAQUI mira em pequenos negócios com selo para aumentar credibilidade
Após anos de foco em conferir credibilidade a grandes empresas na internet, o ReclameAQUI agora quer fazer o mesmo com pequenos negócios, mas sem usar o volume de reclamações resolvidas como indicador principal.
“O ReclameAQUI cresceu e se tornou importante na construção de reputação das grandes marcas, já que nosso algoritmo é muito baseado na capacidade de resolver problemas de uma empresa. Mas esse pode não ser o caso de uma empresa pequena, que ou não tem cadastro na nossa plataforma ou tem cadastro, mas não possui reclamações, o que impossibilita aferir uma reputação para ela no algoritmo que utilizamos”, explicou Diego Campos, diretor de produtos do ReclameAQUI, em entrevista ao InfoMoney durante o Startup Summit 2024, em Florianópolis (SC).
A quantidade de golpes cibernéticos aplicados no Brasil tem crescido significativamente, incluindo aqueles que usam “fantasias” de varejo, como os “falsos e-commerces, que simulam lojas online para aplicar fraudes. Para se proteger, muitos consumidores buscam referências da loja na internet, em sites de reputação como o ReclameAQUI. Contudo, essa busca fica comprometida no caso de um pequeno negócio, que muitas vezes pode ser desconsiderado pelo consumidor que não encontrou informações suficientes sobre ele online.
Para ajudar os pequenos empreendedores, o ReclameAQUI indica um produto chamado “brand page“, uma espécie de perfil customizável do negócio na plataforma, atrelado ao selo de verificação “ReclameAQUI Verificada”.
Para conferir o selo, a plataforma analisa a saúde financeira da empresa, se ela está oficialmente constituída, quem são seus sócios, exige a checagem biométrica, com documento e foto, de pelo menos um deles, além de verificar se alguém do quadro societário tem envolvimento com atividades criminosas. A auditoria é feita mensalmente e, a cada aprovação, a empresa tem seu selo ReclameAQUI Verificada renovado.
“O selo existe há dez anos, mas nunca teve escala, porque eram pessoas que faziam essa auditoria. Há cinco anos, desenvolvemos um software para isso, mas baseado em score de crédito – um calcanhar de Aquiles para o pequeno negócio, cujo acesso ao crédito é muito limitado. Do ano passado para cá, reformulamos o algoritmo do selo, agora muito mais tecnológico”, pontua Campos.