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Ranking das companhias com os maiores caixas: veja o top 5

Você já parou para refletir sobre quais são as cinco empresas da bolsa brasileira com mais dinheiro em caixa? Quem pensou em Petrobras acertou.  Não é de se surpreender que a petrolífera, em função do seu tamanho, maior empresa da B3, lidere o ranking das companhias com os maiores caixas da bolsa. Elaboradoro pela Elos Ayta, com exclusividade para a Inteligência Financeira, o levantamento traz somente empresas industriais avaliadas no segundo trimestre de 2024.

Um ponto que chama atenção é a diferença na gestão do dinheiro entre as empresas. Algumas destinam uma parte significativa de seus recursos para investimentos, enquanto outras aplicam uma parcela bem mais modesta. Essa disparidade é evidente até mesmo entre companhias do mesmo setor.

Líder, Petrobras destina 35% do seu caixa robusto para aplicações

A Petrobras, por exemplo, destina 35,2% do seu caixa, de R$ 67,677 bilhões, para aplicações financeiras. Já a mineradora Vale, que aparece em segundo lugar no ranking das companhias com maiores caixas da bolsa, totalizando R$ 36,356 bilhões, tem apenas 0,9% em aplicações. As duas companhias também estão na liderança em valor de mercado, com R$ 535 bilhões e R$ 267 bilhões, respectivamente.

Marfrig é a líder em aplicações financeiras  

Em terceira posição no ranking das companhias com os maiores caixas da bolsa, a Marfrig tem um caixa robusto, de R$ 22 bilhões. Desse total, a grande maioria, 75%, está em aplicações financeiras. A empresa lidera esse tipo de estratégia para fazer a gestão do seu caixa.

Em comparação com sua concorrente, a JBS, é nítida a diferença de estratégia. Também do setor de carnes e derivados, quinta companhia com maior caixa da bolsa, contabilizando R$ 21,417 bilhões, a JBS aplica apenas 4,2% deste total.

Voltando ao quarto lugar do ranking, a Suzano também tem uma participação forte em operações financeiras, que representam 65,5% do total do seu caixa, de R$ 21,607 bilhões . 

E afinal, o caixa é um bom indicador?

“O ponto positivo de um caixa robusto é garantir agilidade para investir, realizar aquisições e impulsionar expansões, além de transmitir confiança para atrair investidores”, explica Acílio Marinello, sócio-fundador da Essentia Consulting. As grandes diferenças no percentual de operações financeiras entre as empresas são determinadas pelas estratégias de negócios de cada uma. Por exemplo, uma companhia pode precisar alocar mais recursos em determinado momento para se proteger contra flutuações cambiais.

Em contrapartida, Marinello pondera: “O volume elevado em caixa pode também trazer alguns questionamentos: a empresa está estagnada, sem fazer investimentos? Não faz aquisições?”. Sendo assim, é preciso, então, saber se a companhia que ostenta um caixa cheio já tem um plano para utilizar a reserva. Este é um bom ponto para você analisar nessa temporada de apresentação de balanços financeiros do terceiro trimestre.

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