Analise

Quem hackear carteira da Cardano vai ganhar 1 milhão de dólares

O fundador da Cardano Charles Hoskinson lançou um programa de recompensa para quem conseguir hackear uma carteira de papel. Chamada Lace Paper, o endereço privado contém 1 milhão de dólares em ADA, disponível a quem conseguir a façanha.

Embora não seja muito justo com os hackers de plantão, o novo programa de recompensa visa testar a segurança da nova carteira.

Contudo, apenas o endereço público foi oferecido como “dica”, dificultando a vida dos interessados na recompensa, que na cotação do Dólar hoje, valeria 5,41 milhões de reais.

Entenda o novo programa que recompensa quem conseguir hackear carteira da Cardano

Charles publicou um vídeo em sua conta no X contendo mais detalhes sobre o novo desafio aos hackers. Vale lembrar que nos últimos anos vários hackers conseguiram invadir corretoras de criptomoedas, tanto centralizadas quanto DEX, mas nenhum conseguiu a façanha de atacar uma carteira de criptomoedas a partir de um endereço público.

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Assim, o novo desafio tenta mostrar que a segurança da carteira Lace é boa. A carteira gera endereços para investidores de longo prazo guardarem suas ADA, em um papel com chave pública e privada.

“Se você conseguir hackear, você pode ficar com ele! 1 milhão de dólares!”

Claro que, se a carteira for hackeada por alguém, tudo indica que a carteira não era uma opção segura. Enquanto isso não acontecer, é possível que outros usuários monitorem o endereço, em busca de verificar que o saldo permanece intacto.

O programa Lace Paper Wallet Bug Bounty permanecerá aberto até o final de 2024 – ou até que alguém o hackeie“, diz o site oficial. A recompensa pode ser resgatada na criptomoeda Mountain Protocol USD (USDM), uma stablecoin ligada ao Dólar.

Qual a razão de ser difícil hackear uma carteira de criptomoedas, diferente de corretoras?

Para entender isso, precisamos primeiro diferenciar uma carteira de criptomoedas de uma corretora. Uma carteira de criptomoedas é um software que permite ao usuário armazenar e gerenciar suas moedas digitais, como o Bitcoin, por exemplo.

Assim, a carteira fornece ao proprietário uma “chave privada” que é essencialmente uma senha única e extremamente complexa. Tal chave privada é o que permite ao dono acessar e movimentar seus fundos. Sem a chave é praticamente impossível acessar os ativos.

A grande dificuldade em hackear uma carteira de criptomoedas reside na própria estrutura da chave privada. Isso porque, as chaves são formadas por sequências aleatórias de números e letras que são tão longas e complexas que seria necessário um poder computacional inimaginável para decifrá-las por força bruta.

Além disso, as carteiras podem estar offline (as chamadas “cold wallets“), o que significa que não estão conectadas à internet, eliminando qualquer possibilidade de ataque remoto. No caso do desafio envolvendo a Cardano, a paper wallet Lace não tem conexão com a internet.

Em contraste, as corretoras de criptomoedas funcionam como intermediárias que facilitam a compra, venda e armazenamento de criptomoedas para seus usuários. Embora a maioria das corretoras implemente medidas de segurança, elas armazenam grandes quantidades de criptomoedas em nome de seus clientes.

Isso as torna alvos atraentes para hackers, já que um ataque bem-sucedido pode resultar no roubo de grandes somas de dinheiro digital. Além disso, como as corretoras estão online e acessíveis através da internet, elas são mais expostas a ataques cibernéticos.



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