Quase metade dos brasileiros já investiram em criptomoedas, diz Consensys
Em sua segunda edição sobre a adoção global de criptomoedas, a Consensys voltou a liberar dados sobre os investidores de criptomoedas do Brasil, movimento de adoção que tem tido destaque na região Nordeste do país.
O estudo também sugere que pelo menos 43% dos brasileiros podem já ter investido em criptomoedas em algum momento. Esse número está acima da média mundial de 42%. O campeão mundial é a Nigéria, onde 73% das pessoas dizem que já compraram criptomoedas.
Além disso, chama atenção que a maioria dos brasileiros já ouviu falar de criptomoedas (96%), e a maioria (56%) sabe o que são. Dois em cada cinco (40%) estão cientes, mas não têm certeza de que entendem o que são criptomoedas.
O estudo liberado nesta terça-feira (10) foi encomendado pela Consensys e ouviu mais de 18 mil pessoas de todo o mundo. Na América Latina, participaram pessoas do Brasil, Argentina e México.
A amostra consiste em 1051 entrevistados no país, pessoas de 18 a 65 anos, que participaram da pesquisa pela plataforma YouGov entre 23/02 até 02/05/2024.
Aumenta adoção de criptomoedas entre brasileiros, com Nordeste na liderança do movimento, diz Consensys
No Brasil, a região Nordeste registrou 45,3% dos investidores, seguido pelo Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%). O percentual de investidores ativos, que são aqueles que atualmente possuem criptomoedas é de 16% no Brasil e 17,3% no Nordeste.
Na questão ambiental, 56% dos brasileiros acreditam que as criptomoedas são ecologicamente corretas, um valor bem acima da média mundial de 40%. Além disso, 64% dizem que, entre as criptomoedas, o Bitcoin é o mais ambientalmente correto.
Em relação ao futuro, 47% responderam que estão considerando investir em criptomoedas nos próximos 12 meses. O número sobe entre os brasileiros que já compraram criptomoedas, esse número vai para 70%.
De acordo com Joseph Lubin, cofundador do Ethereum e fundador e CEO da Consensys, a blockchain tem um papel fundamental na vida das pessoas.
“O papel fundamental do blockchain e da descentralização no aprimoramento da privacidade, da confiança e da transparência na forma como nossos dados são gerenciados não pode ser exagerado. Nossa última pesquisa não apenas destaca a importância crescente da privacidade de dados, com 83% dos entrevistados enfatizando sua importância, mas também lança luz sobre preocupações generalizadas sobre exploração e desinformação, uma questão premente em meio às eleições globais e à adoção generalizada da IA.”
Criptomoedas como meio de inclusão financeira contrasta com má percepção de bancos
O estudo revela que as criptomoedas são mais populares em regiões economicamente desfavorecidas do Brasil e do mundo, o que mostra seu potencial significativo como ferramenta de inclusão financeira.
Mesmo aqueles sem acesso a um sistema bancário tradicional podem encontrar oportunidades no mercado cripto. De fato, quando questionados sobre as razões para se tornarem investidores, 28% dos brasileiros que já investiram em criptomoedas apontam para terem sido excluídos do sistema financeiro tradicional como seu motivador importante primário. Esse número mostra um aumento de 26 pontos percentuais em comparação aos resultados do ano passado.
Assim, apenas 2 em cada 10 brasileiros concordam que os sistemas financeiro e bancário tradicional funcionam bem. Quase 5 em cada 10 acreditam que os sistemas funcionam, mas podem ser melhorados. Enquanto isso, 2 em cada 10 pensam que os sistemas financeiro e bancário precisam de ser completamente reconstruídos desde o princípio.
O estudo global está disponível no site da Consensys, assim como os específicos para cada país.