Agenda de dividendos

quando paga e o que vem pela frente

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A JBS anunciou na noite desta quarta-feira (13) uma distribuição de dividendos intercalares de R$ 2,2 bilhões a acionistas, ou o equivalente a R$ 1,00 por ação (JBSS3) e quando vai pagar: 22 de novembro. Assim, a companhia aumenta seu dividend yield – valor do provento sobre o valor da ação – para 5% ao ano para investidores.

Analistas veem com otimismo futuras distribuições pelo frigorífico, já que uma possível reversão do ciclo do boi pode ajudar a incrementar o elevado fluxo de caixa da JBS, de R$ 5,5 bilhões, registrado no último trimestre. Confira o que esperar dos dividendos da gigante do setor de proteína animal, assim como quanto e quando a JBS paga.

Quando a JBS (JBSS3) distribui dividendos? E quanto paga?

A JBS costuma pagar dividendos duas vezes ao ano, mas essa frequência não é tão certeira, porque ela varia desde 2021.

Naquele ano, qual foi a frequência dos dividendos da JBS? O frigorífico pagou proventos três vezes a acionistas, por volta de R$ 1 para cada ação. No entanto, em 2022, a frequência dos pagamentos reduziu para duas vezes, e, no ano seguinte, a JBS distribuiu um único dividendo.

Em 2024, por enquanto, a JBS (JBSS3) anunciou o pagamento de dois dividendos, sendo que um deles é acima da média dos últimos 3 anos.

Confira o calendário dos últimos dividendos da JBS

Data de pagamentoValor total do dividendo (R$ mi)Valor por açãoAno de referência do provento
22/11/20242.218R$ 1,0031/12/2024
07/10/20244.436R$ 2,0031/12/2024
29/06/20232.218R$ 1,0031/12/2023
24/11/20222,218R$ 1,0031/12/2022
24/05/20222.218R$ 1,0031/12/2022
24/11/20212.373R$ 1,0031/12/2021
24/08/20212.510R$ 1,00134131/12/2021
05/05/20212.511R$ 1,01667931/12/2020
Fonte: site de Relações com Investidores da JBS

Por que investir na JBS (JBSS3) por dividendos?

Após os resultados de terceiro trimestre da JBS, analistas reforçam que a companhia permanece uma das mais consistentes dentro do setor de agronegócio e proteína animal. Para o Itaú BBA, o retorno aos acionistas em dividendos, geração de fluxo de caixa e desconto sobre a ação reforçam a empresa como “top pick”.

“Notamos que os resultados da JBS evidenciam os pontos fortes das finanças da companhia, se beneficiando com o momento operacional favorável e beneficiando acionistas minoritários por meio de alocação de capital”, dizem analistas de agronegócio do Itaú BBA em relatório.

O anúncio de distribuição de dividendos acrescenta 3 pontos percentuais de dividend yield para as ações da JBS (JBSS3) em 2024, nas contas do banco. Já para o Goldman Sachs, o incremento de valor de dividendo por ação do frigorífico é de 2,7%.

Atualmente, o yield em dividendos de JBSS3 é de 5%.

O Goldman Sachas nota que a JBS (JBSS3) tem folga para escolher como remunera acionistas, ou se aloca capital. O nível de alavancagem da companhia, medido pela dívida líquida equivalente ao lucro operacional (EBITDA) caiu de 4,9 vezes para 2,3 vezes em 12 meses.

“Além disso, o conselho autorizou a retomada do programa de recompra de 10% das ações em livre circulação”, afirmam analistas do Goldman.

O programa de recompra gera uma reação positiva de investidores porque “apazigua dúvidas sobre uma possível inflexão no balanço para 2025”, afirma o banco americano em relatório.

Dentre os 17 analistas sell side que acompanham a JBS (JBSS3), a recomendação de compra do ação é unânime. De acordo com os especialistas, o preço-alvo médio da ação é de R$ 46,40. Assim, na visão do mercado, existe um potencial de alta de 22% para o papel em relação ao preço de tela hoje, de R$ 36,33.

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