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Qual será o retorno das debêntures da Vale?

A oferta de R$ 6 bilhões em debêntures da Vale (VALE3), anunciada na última semana e prevista para novembro, deve incluir papéis com remuneração abaixo dos títulos públicos. Isso geralmente acontece quando há muita demanda no mercado.

Em suma, o que garante apetite pelos papéis mesmo com eles pagando menos do que um título do governo.

Dessa forma, os papéis da Vale serão divididos em três séries. Na primeira, que vence em dez anos, a mineradora pretende pagar o equivalente a NTN-B 2035 menos 0,3% ao ano.

Enquanto na segunda, de 12 anos, o equivalente a Tesouro IPCA 2035 menos 0,25%.

Já no último grupo de debêntures, o plano é pagar IPCA 2040 menos 0,2%.

Então, a remuneração final será definida no dia 4 de novembro. A liquidação é prevista para o dia 6 de novembro.

Por dentro das debêntures da Vale

Há quase dez anos a Vale não acessa o mercado de dívida local. A última oferta foi feita em setembro em 2015.

A companhia geralmente busca recursos lá fora, com os chamados “bonds”. Mas decidiu neste ano aproveitar o rali por títulos de dívida.

“Com esse custo, vale a pena testar o mercado local, ainda que o offshore seja tradicionalmente o maior mercado por causa do balanço dolarizado”, diz um gestor.

Assim, como é considerada uma companhia de risco baixo, a mineradora tenta esticar ao máximo o limite da remuneração, explica.

Investimentos da Vale

Os recursos captados pela Vale serão usados para projetos de infraestrutura. Entre eles, está o investimento em um trecho da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) que interligará os municípios de Mara Rosa, Alto Horizonte, Nova Iguaçu de Goiás, Santa Terezinha, Crixás, Nova Crixás e Aruanã, em Goiás, além dos municípios de Cocalinho, Nova Nazaré e Água Boa, em Mato Grosso.

O projeto, que teve início em março de 2022, deve ser concluído no fim de 2028 e terá como benefícios, segundo a companhia, aumentar a produção agroindustrial da região.

Bem como melhorar o direcionamento de cargas para os portos do Norte e Nordeste e possibilitar a exploração de reservas minerais ainda pouco exploradas. O volume estimado de recursos para a obra de é R$ 8 bilhões.

Além disso, a Vale também pretende alocar os recursos na construção de uma ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins no Pará.

Até agora, 43% da obra foi concluída e a expectativa é que ela seja encerrada também no fim de 2028.

O projeto, segundo a Vale, deve auxiliar na melhora do fluxo logístico da região e ampliar a capacidade de transporte de minério e outros insumos.

Por último, a oferta de debêntures é coordenada por UBS BB, XP, Bradesco BBI, BTG Pactual e Santander.

Com informações do Valor Econômico

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