Investir em LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é uma possibilidade que muita gente vem levando em consideração. Isso porque os títulos passaram a ter um prazo menor de resgate e que a Selic voltou a subir.
Mas você já quis investir em LCI e ficou em dúvida se corria o risco de perder dinheiro? Como essa é uma pergunta que muita gente faz, conversamos com Fernando Felipe, especialista da Veedha, para esclarecer o assunto. Confira as respostas.
É possível perder dinheiro investindo em LCI?
Atenção, porque a resposta é sim. “É possível perder dinheiro investindo em LCI”, alerta Felipe. “Mas isso acontece em poucas situações”, esclarece. A primeira delas é fazendo resgate antes da data de vencimento. “E isso se a LCI não tiver liquidez”, diz ele. Nessa situação, você pode ser penalizado no resgate, recebendo um valor menor do que investiu.
A outra situação ocorre se o emissor da LCI quebrar. Lembrando que LCIs são emitidas por bancos e têm garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), para que você realmente tenha prejuízo é preciso que o banco quebre e que você tenha investido mais do que R$ 250 mil naquela instituição financeira, que é o limite de proteção do FGC.
Qual é o risco de investir na LCI?
É um risco baixo, garante o especialista. “Isso porque é um produto bancário que conta com a proteção do FGC”, diz ele. “O risco, então, só existe se você tiver extrapolado o limite do fundo garantidor de crédito e se fizer o resgate antecipado”, diz ele. Ou seja, na prática, LCI tem um certo risco de liquidez e um certo risco de crédito.
E quais são as vantagens da LCI?
De acordo com Felipe, a grande vantagem é mesmo a de ter um risco baixo. A segunda é que é um investimento acessível. “Existem LCIs em que é possível investir a partir de R$ 1 mil”, diz ele. E ainda é um investimento isento de Imposto de Renda. Ou seja, seu rendimento não é tributado.
Em geral, investir na renda fixa é seguro?
Em geral é muito seguro investir em renda fixa. Mas ainda assim o especialista recomenda tomar cuidado com alguns pontos. São eles:
- verificar a liquidez do ativo;
- respeitar o prazo de investimento;
- observar o emissor (entendendo que os mais seguros são governo, em primeiro lugar, e bancos de grande porte, em seguida).
