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Qual é o melhor Tesouro Direto para investir ainda em 2024?

Qual é o melhor Tesouro Direto para investir ainda em 2024? A resposta, de acordo com especialistas, é depende. Em primeiro lugar, porque o que se chama de Tesouro Direto na verdade é uma plataforma com uma série de títulos disponíveis. E, justamente por isso, que esses títulos atendem a diferentes objetivos dos investidores.

“Diretamente, não existe um melhor título do Tesouro Direto para investir, existe a relação entre objetivo, prazo e estratégia de cada investidor”, explica Vítor Oliveira, especialista de renda fixa da One Investimentos. Deve-se considerar, por exemplo, o perfil de investidor, o prazo desejado para o investimento e a tolerância a riscos.

Por exemplo, um investidor que necessite dos recursos em curto prazo, deve evitar títulos prefixados ou IPCA+, uma vez que estes estão sujeitos a oscilações em razão da marcação a mercado. Estes títulos, em geral, são priorizados por quem quer investir no longo prazo ou pretende tentar lucrar com a valorização dos papéis.

“É importante que o investidor olhe para o objetivo que ele tem ao investir. Se tem um objetivo claro e de curto prazo, o melhor é permanecer no Tesouro Selic”, explica Fábio Cabral, planejador financeiro CFP pela Planejar.

No entanto, existem títulos que estão oferecendo taxas historicamente atraentes. E a própria marcação a mercado deve ser considerada, uma vez que as oscilações também podem provocar ganhos a depender dos rumos da taxa básica de juros, a Selic.

O que são títulos públicos?

Quando falamos em títulos públicos estamos falando em títulos de dívida emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar as atividades do Estado. O Tesouro emite os títulos de acordo com a necessidade de captação de recursos e oferece uma rentabilidade que torne esses títulos públicos atrativos para o mercado.

Ou seja, quando você se pergunta qual é o melhor Tesouro Direto para investir, o que está em pauta é qual desses títulos emitidos é o mais interessante para você “emprestar” dinheiro ao Estado. E, dessa maneira, receber de volta em uma taxa de rentabilidade e prazo atraentes aos seus objetivos.

Qual é a rentabilidade do Tesouro Direto?

É importante entender que o Tesouro Direto tem três formas principais de rentabilidade. A prefixada é aquela em que o percentual de rendimento está definido já no momento da aplicação. Por outro lado, a pós-fixada segue a variação de um indicador – no caso, o Tesouro Selic, que acompanha a taxa de juros.

Por fim, há a rentabilidade híbrida, do Tesouro IPCA+, que traz uma combinação entre uma taxa prefixada e a variação da inflação no período. Nas três modalidades, o investidor garante o retorno combinado no momento do resgate.

Contudo, há diferença no caso de resgate antecipado. Isso porque, os títulos Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+ sofrem marcação a mercado. Isto é, o preço dos títulos varia diariamente conforme as taxas de mercado. Por isso, é possível ter lucros mais altos ou até prejuízo a depender das variações.

No entanto, vale ressaltar que, caso o investidor aguarde até o vencimento do título, ele tem o direito de receber o valor que investiu com a correção de acordo com a taxa informada no momento da aplicação.

Hoje, os títulos do Tesouro Selic rendem a taxa de juros, de 10,50% ao ano, mais um pequeno percentual que varia entre 0,07% e 0,15%. Os títulos prefixados rendem entre 11,43% e 11,57% ao ano. Por fim, os títulos atrelados à inflação rendem o IPCA mais um percentual que varia entre 5,87% e 6,06% ao ano.

Se quiser simular a rentabilidade de um investimento, acesse a nossa calculadora de renda fixa. Nela é possível simular investimentos no Tesouro Direto, assim como em CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito da Indústria) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

Qual é o melhor Tesouro Direto para investir ainda em 2024?

Levando em conta o seu perfil de investidor, quem deseja aplicar hoje nos títulos do Tesouro Direto encontra boas opções de taxas no mercado. Vítor Oliveira cita, por exemplo, os seguintes títulos:

  • Tesouro IPCA+ 2029 pagando IPCA + 6,06% ao ano;
  • Tesouro IPCA+ 2045 pagando IPCA + 5,99% ao ano;
  • Tesouro Prefixado 2027 pagando 11,54% ao ano.

O especialista de renda fixa da One explica que tivemos alguns fatores que levaram a um fechamento da curva de juros recentemente. Por exemplo, os dados de mercado de trabalho e inflação nos Estados Unidos, que abriram a possibilidade de cortes de juros por lá, e uma política monetária no Brasil considerada “mais responsável e alinhada com o momento”.

Ou seja, para o investidor, as taxas de remuneração dos títulos recuaram. Contudo, seguem em patamares atrativos, acima do histórico do mercado. “Vai depender de investidor para investidor, mas nos patamares de taxas que estamos, nós ainda temos boas opções de alocação”, afirma Oliveira.

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