Primer (PRNR3) fecha compra de empresa de montagem industrial por R$ 170 milhões — na maior aquisição da sua história
Meses após levantar quase R$ 90 milhões em uma oferta de ações (follow-on) na bolsa brasileira, a Priner (PRNR3) decidiu ir às compras e anunciou na manhã desta quarta-feira (21) sua maior aquisição até hoje.
A empresa de serviços industriais abocanhou 100% da Real Estruturas e Construções, uma companhia de montagem industrial com mais de 25 anos de existência, por R$ 170,7 milhões.
“Esse movimento reforça nossa tradição de assertividade na escolha de serviços de alto valor agregado e de seleção de empresas que possuem sólida cultura de excelência”, escreveu a Priner, em fato relevante enviado à CVM.
“Esperamos que a união das equipes da Real e da Priner gere valor adicional para nossos clientes e colaboradores, bem como retorno sobre o capital investido.”
De acordo com a Priner, a empresa se integrará por meio de uma nova unidade de negócios que será liderada pelo atual sócio e diretor executivo da Real, Daniel Moraes Belém.
Em 2023, a Real obteve lucro líquido ajustado de R$ 34 milhões, com receita líquida de R$ 350 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 61 milhões no ano passado.
Os detalhes da compra da Priner (PRNR3)
Ainda que a compra da Real tenha sido fechada por cerca de R$ 170,7 milhões, a Priner (PRNR3) não deve desembolsar a quantia total do negócio em dinheiro.
Inicialmente, a expectativa é que parte do montante seja pago parcialmente com ações que a companhia possui em tesouraria, precificadas a R$ 12,35, enquanto o valor restante seja depositado em moeda corrente.
O pagamento em moeda corrente será composto por um terço do valor à vista, enquanto as duas parcelas restantes serão financiadas pelos vendedores, com pagamentos em um período de dois anos e meio ou três anos, a depender da performance dos resultados futuros da Real, corrigidas pela variação do CDI.
Além disso, as ações da Priner (PRNR3) que serão transferidas para os controladores da Real ficarão em lock-up — compromisso que impede os acionistas de venderem suas respectivas participações na empresa — até setembro de 2026.
Vale destacar que a aquisição deverá ser aprovada em Assembleia Geral de Acionistas (AGE).
O fechamento da transação também está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, como o aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).