Petróleo avança com queda do governo sírio; Citi prevê barril a US$ 60 em 2025
Os preços do petróleo fecharam a segunda-feira (9) com fortes ganhos depois que os rebeldes sírios invadiram a capital Damasco e forçaram o presidente Bashar al-Assad a fugir. “O aumento dos riscos de instabilidade política elevou as preocupações sobre potenciais interrupções na oferta de petróleo da região”, o que se reflete no aumento do prêmio de risco nos preços, segundo Joseph Dahrieh, analista da Tickmill.
No fechamento, o petróleo Brent, a referência mundial, subiu 1,43% a US$ 72,14 por barril, enquanto o petróleo WTI, a referência americana, avançou 1,74% a US$ 68,37.
Segundo Dahrieh, a intenção do governo chinês de afrouxar a política monetária e dar mais incentivos fiscais aos consumidores também podem sustentar a demanda pelo combustível, mas “o sentimento do mercado permanece de cautela”, o que limita o potencial de alta do petróleo”.
O cenário de commodities para 2025 elaborado pelo Citi projeta queda nos preços do petróleo no próximo ano, pressionado por tensões comerciais, demanda fraca, e oferta firme de países produtoras que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Segundo o relatório do Citi, a queda nos preços deve ocorrer mesmo com a Opep+ ampliando seus cortes voluntários de produção.
Segundo o Citi, os preços devem cair para US$ 60 por barril no próximo ano ou até mais. Para o tipo Brent, a expectativa é de que os preços terminem 2025 a US$ 55 por barril, enquanto o WTI deve ser negociado a US$ 51 no mesmo período.
*Com informações do Valor Econômico