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Petrobras não terá novidade de Margem Equatorial em plano; veja

Prestes a divulgar seu plano estratégico até 2029, a Petrobras (PETR3;PETR4) não deve fazer mudanças significativas sobre o quanto pretende investir na Margem Equatorial. Além disso, não deve divulgar estimativas de quando deve receber a licença ambiental para explorar a Bacia da Foz do Amazonas. A constatação é de Yan Silva, gerente de Relações com Investidores da Petrobras.

Ao conversar com investidores da Nomos, escritório de investimentos da XP, Yan manteve a estimativa de investimento de até US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial. Os projetos, diz o executivo, são essenciais para a reposição de reservas de petróleo da estatal. No curto prazo, o que deve gerar mais lucro para a empresa é a implementação de três plataformas em 2025.

Silva afirma que a Petrobras (PETR4) vem sentindo “dificuldade acima da esperada” na liberação de licenças do Ibama (Instituto Brasileiro e Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis) para a exploração da Bacia da Foz do Amazonas.

A Petrobras possui seis blocos de exploração na região. Ela fica a 500 quilômetros da foz do maior rio brasileiro, na fronteira da costa entre Brasil e Guiana Francesa.

Além da Bacia de Foz do Amazonas, a Margem Equatorial contempla blocos de exploração da Petrobras no litoral de Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.

“Com o investimento de até US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial até 2028 porque pretendemos perfurar 16 poços até 2028”, diz Yan Lima.

“É surpresa a demora para licença para explorar, estamos acostumados com a exploração em águas profundas”, completa o executivo.

Ele afirma que as licenças do Ibama costumam sair rápido para exploração offshore de ativos. A autarquia ambiental entrou em greve em 2024, o que atrasou o permito para explorações do setor de óleo e gás, além da expansão de produção em campos já maduros.

“Não devemos ter novidade sobre a Margem Equatorial no plano estratégico.”

Petrobras (PETR4;PETR3) busca mais investidores pessoa física

A agenda de Yan Lima na Nomos Investimentos faz parte de um movimento da Petrobras (PETR3;PETR4) de se aproximar cada vez mais do investidor pessoa física.

De acordo com dados do executivo, a Petrobras ultrapassa hoje a marca de 1 milhão de investidores pessoa física no Ibovespa. Considerando que existem 5,1 milhões de CPF inscritos em ativos de renda variável, a Petrobras está presente em cerca de 20% em carteiras de investidores.

“Hoje, acreditamos que o número de pessoas físicas investindo na ação seja somente menor que o Banco do Brasil (BBAS3)”, afirma Lima.

Assim, a Petrobras vem se aproximando cada vez mais de AAIs (Agentes Autônomos de Investimentos) para aumentar a exposição aos CPFs da bolsa. Já fazem 3 anos consecutivos que o investidor pessoa física supera o percentual de investidores institucionais na base de acionistas.

“Há três anos, a pessoa física já está mais dentro do capital social da Petrobras que o institucional. Temos falado com escritórios, a verdade é que hoje é difícil encontrar uma asset do tamanho de um escritório da XP, por exemplo”, afirma Lima.

Por fim, o gerente de Relações com Investidores da Petrobras (PETR4) afirmou que a determinação da estatal para pagar dividendos extraordinários deve ser comunicada junto ao plano estratégico da empresa.

O documento que determina a política de investimentos da companhia para 2025 a 2029 será divulgado em 21 de novembro, e é aguardado pelo mercado.

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