Petrobras: Indústria será tão competitiva que não vamos mais precisar de conteúdo local, diz diretora
A diretora de engenharia, tecnologia e inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, disse que a indústria de petróleo vai ser competitiva a ponto de não precisar mais de políticas de definição de conteúdo local.
Segundo ela, a companhia pretende estreitar o relacionamento com os fornecedores nacionais da indústria de petróleo. Baruzzi, que participa de evento realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), reconheceu que a empresa se afastou do segmento nos últimos anos e que pretende se aproximar novamente da cadeia para compreender o atual cenário.
O objetivo é entender quais são os potenciais e as limitações da indústria nacional para fornecimento de produtos e serviços. Para ela, a empresa tem consciência do que o país pode e o que não pode produzir e a companhia vai fomentar parcerias para atender aos futuros pedidos da Petrobras.
O plano estratégico 2025-2029 da Petrobras prevê a contratação de cinco novas plataformas e o estudo de seis novos projetos, num total de 11 plataformas que seriam produzidas.
Uma das queixas da companhia é a elevação dos preços para contratação de plataformas, como as necessárias para exploração da Bacia de Sergipe Águas Profundas, que teve licitações adiadas por falta de fornecedores.
“O mercado vai ser tão competitivo que as encomendas vão ser feitas no Brasil e mesmo atender ao mercado exterior”, disse Baruzzi.
Mais cedo, no mesmo evento, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a empresa quer ajudar a indústria a suprir o que a petroleira precisa, mas dentro de uma realidade que contemple bases competitivas.
“Vamos viabilizar, tentar entender qual é o potencial de vocês, até onde cada um pode ir e onde aperta o calo”, disse Chambriard a executivos presentes no evento.
*Com informações do Valor Econômico