Participação em nova empresa de etanol deve ser de até 50%, diz Petrobras
O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse, nesta quinta-feira (28), que estatal deverá ter até 50% da nova empresa a ser criada pela estatal junto a um parceiro para produzir etanol.
Confira os resultados e indicadores da Petrobras e das demais companhias de capital aberto no portal Valor Empresas 360
A Petrobras anunciou, na semana passad,a o plano de criar uma joint venture para voltar a atuar no mercado de etanol. A companhia diz que ainda está em conversa com potenciais parceiros, mas não divulga quem são.
Segundo Tolmasquim, que participou de evento da Missão Belga no Brasil, na Casa Firjan, a ideia é que a Petrobras tenha participação de até 50% na nova empresa para um comando compartilhado: “Queremos que seja uma empresa privada, mas também queremos ter participação na gestão. Vamos manter no setor privado para ter facilidades e agilidade.”
Questionado, o diretor da , conforme anunciado em 6 de novembro.
Tolmasquim diz que ainda não tem data para anunciar a parceria no etanol, mas que deve acontecer no ano que vem.
Na sexta-feira (22), a Petrobras apresentou o plano estratégico 2025-2029, em que prevê investir R$ 2,2 bilhões em projeto de etanol. Na ocasião, Tolmasquim informou que a estimativa preliminar é que a companhia produza 2 bilhões de litros de etanol por ano.
Projeto de e-metanol em Pernambuco
Conforme anunciado ao mercado na quarta-feira (27), a Petrobras assinou um acordo com a companhia dinamarquesa European Energy para criar uma fábrica de e-metanol em escala comercial, em Pernambuco.
O e-metanol, solução produzida a partir do hidrogênio verde e do gás carbônico, pode ser utilizado como combustível marítimo sustentável, em navio de transporte de carga. Segundo Tolmasquim, essa será a primeira unidade de fabricação do produto fora da Europa. A Petrobras não diz quanto irá investir no projeto.
“O que nos estimulou é que a European Energy já tem contato com potenciais compradores desse e-metanol”, afirmou. “Esse produto é mais caro do que um combustível fóssil, então precisamos de um comprador disposto a pagar esse prêmio. Alguns consumidores estão dispostos a pagar mais por um transporte que tenha baixo conteúdo de carbono.”
*Com informações do Valor Econômico