Operação contra bilhete premiado encontra transações de criptomoedas por criminosos
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira (21/11) a Operação Illusio V, com o objetivo de combater crimes de estelionato e associação criminosa envolvendo o golpe do “bilhete premiado”.
A investigação, conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, resultou no cumprimento de ordens judiciais, incluindo mandados de busca, apreensão e prisão, nas cidades de Caxias do Sul, Passo Fundo (RS) e em Balneário Arroio do Silva, no estado de Santa Catarina.
Até o momento, cinco pessoas foram presas. Durante a operação, foram apreendidos celulares, cartões bancários e dinheiro em espécie.
Criminosos investigados em operação aplicaram golpe do bilhete premiado e convertiam parte dos lucros em criptomoedas
De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, a investigação teve início após um caso registrado em 2023, envolvendo uma vítima idosa residente em Canoas. Segundo as apurações, o dinheiro obtido com o golpe foi distribuído entre os membros da quadrilha.
Uma parte significativa dos valores foi usada para adquirir dólares em espécie em casas de câmbio e, posteriormente, convertida em criptomoedas.
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil de Santa Catarina em Balneário Arroio do Silva colaborou diretamente com a 3ª Delegacia de Canoas na execução da operação.
Um mandado de busca e apreensão e outro de prisão temporária foram cumpridos no município catarinense, resultando na prisão de um dos suspeitos. Durante o interrogatório, o homem confessou parcialmente seu envolvimento no esquema criminoso.
Entenda o que é o golpe do bilhete premiado no Brasil, que mira principalmente idosos
O golpe do bilhete premiado é uma fraude comum no Brasil, que geralmente envolve estelionatários abordando vítimas, frequentemente pessoas idosas, com a história de que possuem um bilhete de loteria premiado, mas não podem resgatar o prêmio por alguma razão, como falta de documentos ou restrições bancárias.
Os golpistas convencem a vítima a “comprar” o bilhete em troca de uma quantia considerável de dinheiro, prometendo que o valor do prêmio é muito maior do que o preço pago.
Após a transação, a vítima descobre que o bilhete é falso e que o dinheiro entregue foi perdido para os criminosos. Este tipo de crime explora a boa-fé e a ingenuidade das vítimas, causando prejuízos financeiros significativos, prática enquadrada como estelionato.
Acusados de estelionato e associação criminosa, os responsáveis podem pegar até seis anos de prisão, mais a condenação de pagamento de multa. Além disso, os suspeitos podem receber a sentença de ressarcir as vítimas, a depender da análise da justiça.