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Oi (OIBR3) recebe aval do Cade para a venda da ClientCo para a V.tal. O que falta agora?

A Oi (OIBR3) concluiu nesta terça-feira (26) uma das últimas etapas que faltavam para oficialmente transferir o controle da unidade de banda larga ClientCo — em mais um passo em direção ao fim da recuperação judicial.

A operadora de telefonia móvel recebeu o sinal verde do principal regulador antitruste do país para se desfazer da ClientCo. 

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições, a venda da empresa de banda larga para a companhia de internet V.tal.

A decisão do órgão regulador da superintendência geral do Cade se tornará definitiva em 15 dias, caso não haja contestação no tribunal administrativo. 

Com o aval do Cade, agora resta apenas a autorização pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para que a transação seja oficialmente concluída.

A venda da ClientCo da Oi (OIBR3)

A venda da ClientCo foi aprovada pelos credores da Oi (OIBR3) no início de outubro, após duas rodadas de leilão.

Considerada uma etapa crucial da reestruturação de dívidas, os credores tinham dez dias corridos, contados a partir do leilão realizado no fim de setembro, para aprovar — ou rejeitar — a proposta feita pela V.tal.

Única oferta do dia, a V.tal propôs abocanhar a divisão de banda larga da Oi por R$ 5,683 bilhões na audiência realizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

A proposta apresentada pela operadora de rede neutra não envolve o pagamento de dinheiro vivo. A “moeda” envolve a troca de ações, perdão e dívida de compromissos da operadora.

A V.tal pretende emitir R$ 4,99 bilhões em ações pela ClientCo. A oferta inclui ainda R$ 375 milhões a partir de créditos extraconcursais detidos pela V.tal contra a Oi; e R$ 308 milhões em debêntures. 

Além da operação de fibra, a Oi também deu o passo final para desligar as operações de telefonia fixa — que fazem pressão sobre as finanças já apertadas da tele, que enfrenta o segundo processo de recuperação judicial. 

A operadora telefônica vale hoje pouco mais de R$ 525 milhões na B3. 

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