oferta da Engie em leilão deve prejudicar margens
A Engie Brasil (EGIE3) foi a principal vencedora do leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana.
No entanto, fez uma oferta agressiva que acaba reduzindo seus retornos, diz o Bradesco BBI.
Os analistas Francisco Navarrete, João Fagundes e Andre Silveira escrevem que a Engie Brasil ofereceu um desconto de 48% sobre a receita anual permitida no leilão.
Ele é bem maior do que os descontos oferecidos por rivais durante o certame.
Isso deixa a receita anual permitida do chamado Lote 1, que conta com linhas no Sul e Sudeste, em R$ 252 milhões nos próximos 30 anos.
Então, isso é o equivalente a uma taxa interna de retorno real entre 3% a 4%, calcula o banco.
Eles destacam também a Taesa, que ganhou um lote menor, representando apenas 1% das suas receitas em 2024. A taxa interna de retorno real do projeto deve ficar em torno de 3%.
Outras empresas listadas que participaram do leilão, como Alupar, Copel e Eletrobras, tiveram um posicionamento mais conservador nas propostas, preservando governança e recursos.
Com informações do Valor Econômico