Imóveis

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

Apesar do momento desafiador para a bolsa brasileira, ações da Direcional (DIRR3) já acumulam alta de mais de 35% neste ano.

A performance bate de longe a do Ibovespa — o principal índice acionário da B3 cai cerca de 4% no período — e também supera o desempenho dos papéis de outras construtoras e incorporadoras voltadas ao mesmo segmento, o de imóveis para famílias de baixa renda.

E, segundo o Itaú BBA, as ações DIRR3 devem registrar ainda mais ganhos antes que 2024 termine. “O rali ainda não terminou”, escreveram os analistas do banco de investimentos em relatório divulgado nesta quinta-feira (21).

A favorita do Itaú BBA

A Direcional é o papel favorito do banco dentro de setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 36 para este ano. A cifra implica em um potencial de alta de 23,2% na comparação com o fechamento anterior à divulgação do relatório.

“Embora alguns investidores possam ter resistências em relação à lotação do papel e o desempenho superior ao do Ibovespa e pares, acreditamos que o valuation atrativo, o sólido potencial de dividendos e a menor exposição à inflação ainda proporcionam o melhor equilíbrio entre risco e retorno”, citam os analistas.

O que impulsiona as ações da Direcional (DIRR3)?

O time de Real Estate do BBA decidiu reforçar a recomendação de compra para a construtora após um encontro com Paulo Sousa e André Damião, os diretores financeiro e de relação com os investidores da Direcional, respectivamente.

De acordo com os analistas, o CFO destacou três pontos favoráveis à companhia durante a conversa. O primeiro deles é a sólida demanda para os produtos da companhia.

Não há sinais de desaceleração nos projetos sob o guarda-chuva da Riva ou nos lançamentos sob a marca principal, focada em imóveis para o programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com Sousa, a velocidade de vendas deve subir nos próximos trimestres.

O executivo citou ainda a perspectiva favorável para a rentabilidade — as margens podem se expandir mesmo em meio à inflação mais elevada — e o atrativo potencial de payout aos acionistas, o que poderia levar a um dividend yield de cerca de 20%.

“O CFO menciona planos de vender de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões em recebíveis por ano e estabilizar o passivo em R$ 1,1 bilhões, fornecendo recursos adicionais para o pagamento de dividendos”, ressaltam os analistas.

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