O que a indústria espera da Black Friday deste ano? Abinee faz aposta em um segmento específico
A Black Friday chegou ao Brasil recentemente e já é um período esperado com grande ansiedade pela população. Ainda que ela tenha surgido nos Estados Unidos a partir de um feriado local — explicado mais abaixo —, a última sexta-feira de novembro tende a ter algumas promoções pelo caminho.
Conforme sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entidade que representa a indústria de produtos eletroeletrônicos, 65% das empresas do setor projetam vendas maiores na comparação com a Black Friday do ano passado. Outras 35% esperam estabilidade, e nenhuma prevê queda.
Isso porque a maioria dos fabricantes de aparelhos eletrônicos espera crescimento das vendas de seus produtos na Black Friday, que acontece no dia 29 de novembro.
Com a utilização da capacidade instalada em 79%, frente a um nível próximo a 73% mostrado em praticamente todo o ano passado, a indústria de eletroeletrônicos mostra confiança no planejamento para 2025.
Sete a cada dez empresas (70%) estão com perspectiva de crescimento das vendas no ano que vem, mais do que o porcentual, 64%, que manifestava essa expectativa positiva na sondagem anterior.
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Como surgiu a Black Friday?
Existem diversas hipóteses de como surgiu a Black Friday, inclusive uma notícia falsa de que se trataria de um termo cunhado durante a época da escravatura nos EUA.
Fato é que a Black Friday é um evento de compras que ocorre na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças, um feriado tão importante quanto o Natal nos Estados Unidos.
Porém, há um intervalo de quase um mês entre o Dia de Ação de Graças e o Natal. Sendo assim, a Black Friday costuma ser o dia de maiores promoções para os vendedores reduzirem os estoques do último feriado e se prepararem para a temporada natalina.
Fabricantes de produtos eletrônicos
Segundo o levantamento, 81% das fábricas de aparelhos eletroeletrônicos, como notebooks, celulares e tevês, indicam a intenção de realizar investimentos em 2025, sendo que a maior parte pretende iniciar esses investimentos já no primeiro semestre.
Por outro lado, 23% das empresas citam dificuldades na obtenção de financiamento para capital de giro.
Além disso, uma a cada quatro empresas do setor (26%) aponta pressões nos custos de componentes e matérias-primas acima do normal.
Este porcentual, no entanto, é inferior ao registrado em meses anteriores, especialmente a partir do segundo trimestre, quando os preços dos insumos subiram em razão da desvalorização cambial.
*Com informações do Estadão Conteúdo