Mercado financeiro

Mercado acompanha BTG Macro Day

O indicador econômico relevante desta terça-feira (20) saiu logo cedo. O índice de preços ao consumidor da zona do euro (CPI, na sigla em inglês), para o mês de julho, registrou alta de 2,6%.

Os números vieram em linha com o consenso de economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”.

Segundo a Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, as maiores contribuições para a alta do CPI na base anual foram serviços (+1,83 ponto percentual); alimentos, álcool e tabaco (+0,45 p.p.); bens industriais exceto energia (+0,19 p.p.) e energia (+0,12 p.p.).

Mercado financeiro

No Brasil, o mercado acompanha as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa do evento “Macro Day 2024”, promovido pelo BTG. No mesmo evento, presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fala sobre a política monetária brasileira.

Entre os gestores, participam André Jakurski (JGP), Luis Stuhlberger (Verde) e Rogério Xavier (SPX), que falou à Inteligência Financeira, em fevereiro deste ano.

Na ocasião, Xavier, que é um especialista em juros contou que tinha algumas preocupações para este ano. Uma delas, por exemplo, é com a eleição dos Estados Unidos, que vai definir o próximo presidente americano até 2029. Veja mais no vídeo.

Rogério Xavier, da SPX, em entrevista a Renato Jakitas, da Inteligência Financeira.

Morning call: preste atenção

Na segunda-feira, o S&P 500 subiu 1%, para sua oitava alta consecutiva, terminando em 5.608,25 pontos. Isso garantiu sua mais longa sequência de altas desde novembro e seguiu a melhor semana do ano para o índice. Está de volta a menos de 1% de sua máxima histórica, depois de ter caído quase 10% abaixo dessa marca no início do mês.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA mantiveram-se relativamente estáveis antes do que provavelmente será o principal evento dos mercados financeiros na semana: um discurso na sexta-feira do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

O cenário para o discurso em Jackson Hole, Wyoming, já foi palco de alguns grandes anúncios de política pelo Fed no passado. As expectativas não são tão altas desta vez, com quase todos já esperando que o Fed comece a cortar as taxas de juros no próximo mês.

Esse seria o primeiro corte desde que o Fed começou a aumentar drasticamente as taxas no início de 2022, com a esperança de desacelerar a economia o suficiente para sufocar a inflação, mas não tanto a ponto de causar uma recessão.

Com a inflação desacelerando em relação ao seu pico acima de 9% há dois verões, os funcionários do Fed já sugeriram que cortes nas taxas estão chegando.

A maior dúvida é se a economia precisa apenas que o Federal Reserve retire os freios ou se precisa de mais aceleração e cortes mais profundos.

Morning call: como a bolsa de valores fechou na segunda-feira?

O Ibovespa estendeu o fôlego observado desde o início do mês e encerrou o pregão desta segunda-feira próximo aos 136 mil pontos, em novo recorde de fechamento.

A valorização das ações da Vale e de papéis do setor bancário deu apoio à bolsa brasileira, assim como a queda dos juros de longo prazo, que beneficiou ações de empresas ligadas à economia brasileira.

O principal índice da bolsa subiu 1,36%, aos 135.778 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 20,04 bilhões no Ibovespa e R$ 25,49 bilhões na B3.

Já o dólar comercial fechou negociado em queda de 1,03%, cotado a R$ 5,4114. O euro, por sua vez, recuou 0,51%, a R$ 5,9972.

Morning call: como fecharam as bolsas nos Estados Unidos?

As bolsas de Nova York encerraram o pregão em forte alta. O movimento positivo também foi apoiado por uma liquidez ligeiramente menor em comparação com os pregões da semana passada.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,58%, a 40.896,53 pontos; o S&P 500 subiu 0,97%, a 5.608,25 pontos; e o Nasdaq avançou 1,39%, a 17.876,77 pontos.

Morning call: como fecharam as bolsas da Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida, com os índices acionários subindo no Japão, Coreia do Sul e Índia. Houve queda nas ações na China continental e Hong Kong. O cenário é de cautela, antes dos discursos dos principais presidentes de bancos centrais na sexta-feira, no Simpósio de Jackson Hole.

Japão

No Japão, o índice Nikkei subiu 1,8% fechando a 38062,92, impulsionada pela desvalorização do iene durante o pregão, o que aumentou os ganhos de empresas japonesas no exterior. Depois do fechamento, o iene voltou a se valorizar ante o dólar.

Segundo relatório da SMBC Nikko Securities, o índice Nikkei deve atingir 42500 pontos no fim deste ano impulsionado pela recuperação econômica e aumento da demanda por ações por investidores locais.

Coreia do Sul

O índice Kospi da Coreia do Sul fechou em alta de 0,8% a 2696.63, impulsionado por ações de estaleiros e fabricante de semicondutores.

Os ganhos das ações de tecnologia nos EUA também animaram os investidores. Porém, o avanço foi limitado por cautela dos investidores antes da decisão de juros do Banco da Coreia na quinta e do discurso de Powell na sexta.

Ações de estaleiros subiram depois da assinatura de novos contratos, com Samsung Heavy Industries subindo 4,1% e o fabricante de chips de memória SK Hynix avançando 3%.

Hong Kong

Já o índice Hang Seng da bolsa de Hong Kong caiu 0,3% a 17511,08 apagando ganhos iniciais em meio à cautela dos investidores antes de Jackson Hole. Hengan International Group perdeu 6.5% e China Resources Beer caiul 5.6% depois de resultados do primeiro semestre abaixo do esperado. JD Health International recuou 4.75%.

China continental

Na China continental, o índice Shanghai Composto caiu 0,9% a 2866,66, pressionado por perdas nas ações de energia e de biotecnologia.

O banco central chinês deixou seus juros inalterados em 3,35% para a taxa de referência de 1 ano e em 3,85% para a taxa de 5 anos, usado nas hipotecas. Sem grandes catalisadores macroeconômicos, os investidores analisam os resultados das empresas do segundo trimestre.

Entre as ações, a Hangzhou Tigermed Consulting caiu 6,0% e Yankuang Energy Group recuou 5,9%. O setor bancário liderou os ganhos com Industrial & Commercial Bank of China subindo 2,1% e o China Construction Bank avançando 1,6%.

Índia

Na Índia, o Índice Sensex fechou em alta de 0,45% a 80.788,25, seguindo Wall Street.

“Ações em toda a Ásia estão subindo diante da expectativa de que o Fed possa oferecer mais pistas sobre os cortes de juros em Jackson Hole”, disse Deepak Jasani, diretor de pesquisa de varejo da HDFC Securities.

Com informações do Valor Econômico.

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