As ações do Mercado Livre (MELI34) desabavam na bolsa nesta quinta-feira, após resultados frustrantes do terceiro trimestre.
Por volta de 12h30 (horário de Brasília), o papel da companhia negociado na Nasdaq (MELI) desabava cerca de 15%.
Com isso, o valor de mercado da gigante do comércio eletrônico caía para cerca de US$ 90 bilhões.
Assim, em apenas um dia, a empresa tinha uma desvalorização equivalente ao valor da Eletrobras (ELET3).
Contudo, o Mercado Livre ainda se mantinha como maior empresa da América Latina em valor de mercado, à frente de Petrobras (US$ 83 bilhões).
Na B3, o BDR da companhia (MELI34) perdia ao redor de 4%.
Mercado Livre (MELI34) tem lucro abaixo das expectativas no 3° tri
Na quarta-feira, o Mercado Livre reportou lucro de U$ 397 milhões de julho a setembro, contra expectativa média de analistas de US$ 542 milhões.
Isso, mesmo com a receita líquida de US$ 5,3 bilhões crescendo 35% ano a ano, em linha com as expectativas.
Com com a frustração na última linha do balanço, a ação corrigia parte da valorização de 35% em 2024 até a véspera.
Em relatório, o BTG Pactual explicou que a pressão sobre as margens de lucro refletiu sobretudo de maiores investimentos do Mercado Livre para fortalecer suas operações de crédito e a estrutura logística.
O Goldman Sachs chamou a queda nas margens da companhia de “notável”, e previu recálculo nas previsões de lucros dos próximos trimestres.
Contudo, o Goldman considerou que as pressões sobre o resultado do Mercado Livre (MELI34) são “amplamente temporárias”.
Mas por ora, os investidores podem se afastar taticamente até ganharem mais visibilidade sobre o próximo catalisador, acrescentou o relatório.
De todo modo, BTG e Goldman mantiveram recomendação de compra para as ações do Mercado Livre (MELI34).
