Economia

Manhã dos mercados: Votação de medidas fiscais no Congresso e dados nos EUA orientam ativos locais

Os agentes financeiros devem continuar acompanhando as discussões em torno da seara fiscal no Brasil. Com a aprovação do regime de urgência de dois projetos do pacote de corte de gastos, agora os investidores devem ficar de olho em como vai ser a votação no plenário da Câmara. Para traders, ainda que o fiscal tenha decepcionado na última semana, a aprovação das medidas que ajudam a reequilibrar a dívida pública pode levar a uma descompressão do prêmio de riscos nos ativos.

Na sessão de ontem, um leve alívio foi observado nos mercados locais, em uma dinâmica que misturava fraqueza da moeda americana globalmente e uma perspectiva menos pessimista em relação ao andamento dos projetos de cortes de gastos no Congresso. No caso do cenário de moedas, hoje o dólar pode estender a desvalorização de ontem, na ausência de gatilhos para que a divisa se fortaleça globalmente. Pela manhã, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 0,10%, aos 106,208 pontos.

Ainda perto das 8h05, o rendimento do título do Tesouro americano de dez anos subia de 4,181% para 4,209%. Os movimentos tanto do dólar quanto na curva de juros podem vir a se alterar à medida que forem divulgados os números de seguro-desemprego da última semana. A expectativa de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” é que o total de pedidos iniciais de seguro-desemprego chegue a 215 mil. Números muito acima podem alterar a dinâmica do mercado, da mesma forma que números bem mais fracos podem reforçar a leitura de mais corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro, o que pode levar a uma reprecificação do dólar e das taxas.

Em se tratando de Fed, os agentes ainda devem monitorar os comentários do chefe do Fed de Richmond, Tom Barkin, em evento às 13h30 (horário de Brasília). Ainda na sessão, os participantes do mercado devem acompanhar a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) em cortar ou não a produção de petróleo até março. A dinâmica pode afetar os preços da commodity, o que pode vir a se refletir não só nas ações da Petrobras, mas também no desempenho do real ao longo do dia.

*Com informações do Valor Econômico

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