O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta tarde que a economia brasileira pode crescer 3,5% em 2024. Trata-se de uma estimativa mais otimista que a do mercado financeiro.
De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central, a expectativa dos analistas é de um avanço de 3% do PIB neste ano. Mas essas projeções vêm sendo constantemente revisadas para cima.
O próprio Lula, porém, conteve o otimismo ao fazer a projeção para o PIB e desta vez não falou em “espetáculo do crescimento”.
“Todo mundo está surpreso porque a economia brasileira pode crescer 3,5%. Não é um crescimento excepcional, porque o Brasil já cresceu a 14% ao ano. O Brasil já cresceu 10%. Eu deixei a Presidência da República em 2010 com a economia crescendo 7,5%. Não é um crescimento extraordinário, mas em função da realidade da economia internacional hoje é muito virtuoso e resultado de muito trabalho”, disse Lula.
Lula deu as declarações no México, onde participa de um encontro entre empresários. O evento conta com a presença de nomes como Joesley e Wesley Batista, irmãos controladores do grupo J&F e conselheiros da JBS, e de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária indicado pelo petista para assumir a presidência do Banco Central a partir de 2025.
Fortalecendo laços entre Brasil e México
No evento, Lula defendeu a ampliação da relação entre Brasil e México e disse que a criação de novos acordos comerciais entre os países deve ser feita “o mais rápido possível”.
Além disso, Lula afirmou que não há explicação para ainda haver fome nos dois países. Nesse contexto, ele convidou Claudia Sheinbaum, primeira mulher eleita presidente do México, para a iniciativa contra a fome que articula com outros líderes internacionais.
Quanto à candidatura de Sheinbaum, o presidente brasileiro disse ser extraordinário que o México tenha eleito uma mulher, e definiu a nova gestão do país como sendo importante para o Brasil.
Lula também destacou que Andrés Manuel López Obrador, atual presidente do México, facilitou negociações com o Brasil, e que espera que a futura mandatária, Claudia Sheinbaum, faça ainda melhor.
*Com informações do Estadão Conteúdo
