Leilão rodoviário da Rota da Celulose não recebe propostas
O leilão da concessão rodoviária da Rota da Celulose, no Mato Grosso do Sul, não recebeu propostas. A entrega de envelopes estava marcada para a manhã desta segunda (2), e a concorrência havia sido agendada para sexta-feira (6).
O contrato previa cerca de R$ 6 bilhões em investimentos, com obras como a duplicação de 116 km. Também foram estimados outros R$ 3 bilhões em custos operacionais para os 30 anos de contrato. A regulação da concessão seria feita pela agência local.
O projeto, que é uma parceria do governo do Mato Grosso do Sul com o federal, tem uma extensão considerada grande, de 870 km de estradas estaduais e federais. O contrato recebeu o nome de “Rota da Celulose” por incluir trajetos importantes para a indústria de celulose no Estado.
Enxurrada de leilões de rodovias
A tentativa de licitação se deu em meio a uma enxurrada de leilões de rodovias, neste fim de ano. Na semana passada, o governo paulista já concedeu a Nova Raposo e o governo federal tem outras três concorrências de contratos rodoviários marcados para dezembro.
Nas últimas semanas, a expectativa, tanto de governos quanto do mercado, era que haveria ao menos um interessado em todos os leilões. No caso da Rota da Celulose, quatro grupos vinham estudando a concessão, mas, ao fim, ficaram de fora da disputa.
Revisão do projeto
Segundo Eliane Detoni, secretária especial de parcerias estratégias do Mato Grosso do Sul, a equipe deverá buscar revisar o projeto para atrair interessados.
“Buscaremos entender com o mercado os motivos que resultaram na ausência de interessados para o projeto. Este ano, foi um ano de ampla oferta de projetos de infraestrutura. Verificamos que foi um ano em que outros Estados e entes subnacionais também tiveram dificuldade para colocar ativos no mercado em função da alta oferta de projetos”, disse.
“Esta competição entre projetos pode ter sido um dos fatores que contribuíram para a falta de interessados. Iremos reavaliar o que pode ser refinado no projeto para melhorar o engajamento de potenciais interessados e, em seguida, definir um novo calendário para colocar o ativo no mercado”, completou.
*Com informações do Valor Econômico