Lançamentos imobiliários sobem e vendas anotam recorde no 3º trimestre, aponta Cbic
Os lançamentos de imóveis subiram 20,1% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados de 221 cidades brasileiras reunidos pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), divulgados nesta segunda-feira (18). Foram lançadas 95.063 unidades entre julho e setembro. No acumulado do ano, os lançamentos cresceram 17,3%, para 259.836 unidades.
O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi responsável por 50% das unidades lançadas no terceiro trimestre no país, um aumento de participação ante os 46% do mesmo período de 2023.
Os lançamentos dentro do programa cresceram 31,8% no trimestre e 58,7% no acumulado do ano.
Vendas batem recorde
As vendas de imóveis novos cresceram 20,8% de julho a setembro, somando 105.921 unidades, número recorde para um período desde 2016, quando o levantamento da Cbic começou a ser realizado.
No acumulado do ano, as vendas cresceram 19,7%, para 292.557 unidades.
Os imóveis do MCMV foram 44% das unidades vendidas no trimestre, em comparação com 36% no mesmo período do ano passado.
As vendas no programa subiram 46,9% no trimestre e 43,6% no acumulado do ano.
Para o economista e conselheiro da Cbic, Celso Petrucci, o crescimento nos indicadores foi “impulsionado por ações das empresas do setor e uma conjuntura favorável, como as políticas adotadas em relação ao FGTS no âmbito do MCMV”.
Oferta recua
A oferta final de unidades, que é o estoque de imóveis novos disponíveis para compra, recuou 9,2% no trimestre, na comparação anual, para 276.434 unidades. No ano, a redução também é de 9,2%.
O tempo de escoamento para os imóveis que estão disponíveis é de 8,7 meses, em comparação com 11,2 meses no mesmo período de 2023.
A oferta aumentou se forem considerados apenas os imóveis do MCMV, em 9,1% no trimestre e também no acumulado do ano. Para o programa, o escoamento é de 7,1 meses, ante 8,8 meses no terceiro trimestre do ano passado.
Mesmo com o cenário atual positivo, Ely Wertheim, vice-presidente de indústria imobiliária da Cbic, elenca entre as principais preocupações do segmento a manutenção do orçamento do FGTS, “e o impacto do desequilíbrio fiscal nas taxas de juros, que encarecem o crédito habitacional e os recursos livres para financiamentos”.
*Com informações do Valor Econômico