Juros futuros têm novo dia de estresse com temores sobre fiscal e câmbio
Os juros futuros encerraram a sessão desta sexta-feira (6) em forte alta, adicionando mais um dia de estresse à deterioração recente da curva a termo brasileira. Temores de que o pacote de contenção de gastos do governo seja desidratado no Congresso e que sua votação não ocorra neste ano elevaram o prêmio de risco dos ativos domésticos.
Além disso, a forte depreciação do real, de 1% contra o dólar, acrescentou ainda mais pressão às taxas, cujas máximas chegaram a se aproximar de 15% nos vértices intermediários da curva.
Ao fim do pregão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 anotou alta de 14,195%, do ajuste anterior, para 14,35%; a do DI de janeiro de 2027 saltou de 14,435% a 14,69%; a do DI de janeiro de 2029 foi de 14,125% a 14,375% e a do DI de janeiro de 2031 passou de 13,90% para 14,08%.
O estresse do mercado de juros doméstico ocorreu mesmo diante de um dia positivo para a renda fixa nos Estados Unidos, após os dados do relatório oficial de empregos dos EUA, o chamado “payroll“, de novembro corroborarem a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) neste mês. Perto do horário de fechamento do mercado local, a taxa da T-note de dez anos exibia queda de 4,175% para 4,154%.
*Com informações do Valor Econômico