Juros futuros têm forte queda, com alívio à espera de corte de gastos
Os juros futuros abriram a sessão desta segunda-feira em forte queda. O mercado ajusta os excessos do pregão de sexta-feira, quando a curva a termo sofreu forte pressão por conta da incerteza dos investidores com a agenda de redução de despesas do governo. Com a decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de adiar viagem à Europa e ficar no Brasil para tratar do tema, o mercado encontra espaço para aliviar parcialmente o aumento do prêmio de risco fiscal.
O movimento ainda é apoiado ainda por uma forte queda das taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro americano), que agora precificam uma eleição presidencial nos Estados Unidos apertada, na véspera do pleito entre a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, e o ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump.
Por volta de 9h25, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 tinha queda de 13,09%, do ajuste anterior, a 12,96%; a do DI de janeiro de 2027 cedia de 13,275% a 13,105%; a do DI de janeiro de 2029 recuava de 13,29% a 13,105%; e a do DI de janeiro de 2031 passava de 13,22% a 13,03%.
Já a taxa do Treasury americano de dois anos anotava queda de 4,224% a 4,164%, enquanto a do título de dez anos cedia de 4,397% para 4,289%.
Vale ressaltar, ainda, que o alívio da curva local ocorre a despeito de uma nova deterioração nas expectativas de inflação medidas pelo relatório Focus. As projeções de 2024 a 2026 para o IPCA aumentaram nesta semana, bem como a Selic esperada para o fim do ano que vem (de 11,25% a 11,5%) e no ano seguinte (de 9,5% a 9,75%).
*Com informações do Valor Econômico