Juros futuros disparam após decepção do mercado com pacote fiscal
Os juros futuros subiram em torno de 0,4 ponto percentual ao longo de toda a curva a termo no pregão desta quinta-feira, diante da reprecificação do risco fiscal após a decepção do mercado com as medidas de contenção de despesas do governo, que ainda foram anunciadas com a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil ao mês.
Ao fim da sessão, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 subiu de 13,55% do ajuste anterior para 13,91%; a do DI de janeiro de 2027 saltou de 13,66% a 14,04%; a do DI de janeiro de 2029 disparou de 13,485% a 13,91%; e a do DI de janeiro de 2031 teve forte alta de 13,33% a 13,75%.
O movimento de abertura da curva a termo foi mais forte nos vencimentos de longo prazo, que melhor refletem o prêmio de risco precificado pelo mercado, uma vez que as taxas mais curtas sofrem mais influência das perspectivas para a política monetária. As taxas de títulos com vencimento em 2029, por exemplo, bateram as máximas de novembro de 2022, enquanto as de 2031 encostaram nas máximas de março de 2023.
Já na parte curta da curva, os vencimentos já indicam uma Selic ao redor de 14,75% no fim do ciclo de aperto monetário do Banco Central. Além disso, o mercado coloca cada vez mais nos preços a possibilidade do Copom elevar a taxa básica em 1 ponto percentual na sua reunião de dezembro.
*Com informações do Valor Econômico