Jerome Powell indica que cortes de juros nos EUA serão menores
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, reforçou nesta segunda-feira (30) que o último corte de meio ponto percentual nas taxas de juros nos Estados Unidos não deve ser interpretado como um sinal de que os movimentos futuros serão tão agressivos.
Powell já havia dado esta sinalização. Nesta segunda-feira (30), ele reiterou que os próximos cortes nos juros americanos devem ser menores.
O chefe do banco central afirmou durante um discurso em Nashville, Tennessee, que ele e seus colegas procurarão equilibrar a redução da inflação com o apoio ao mercado de trabalho e deixarão que os dados orientem os movimentos futuros.
“Olhando para o futuro, se a economia evoluir amplamente como esperado, a política evoluirá ao longo do tempo para uma postura mais neutra. Mas não estamos num rumo predefinido”, disse ele em discurso na National Association for Business Economics. A associação reúne profissionais de economia do meio empresarial e privado.
“Continuaremos a tomar nossas decisões (de juros) reunião por reunião”, disse Powell.
Jerome Powell: tom é de cautela
Powell indicou que, se os dados econômicos permanecerem consistentes, é provável que ocorram mais dois cortes nas taxas este ano.
Porém, com incrementos menores, de um quarto de ponto percentual. Isto contrasta com as expectativas do mercado de uma flexibilização mais agressiva.
“Este não é um comitê que sente que tem pressa em cortar as taxas rapidamente”, disse. “Se a economia tiver o desempenho esperado, isso significaria mais cortes nas taxas este ano, num total de 50 (pontos-base) a mais.”
As ações caíram enquanto Powell falava, com o Dow Jones descendo cerca de 150 pontos.
Os rendimentos do Tesouro subiram, com a nota do Tesouro de 10 anos rendendo perto de 3,8%, um aumento de quase 5 pontos base na sessão. Uma sinalização de que o mercado ainda aposta na renda fixa nos Estados Unidos.