Analise

Itaú libera compra de Bitcoin e Ethereum para todos os clientes

A partir desta segunda-feira (3), o Itaú Unibanco dá mais um passo em direção ao mercado de criptomoedas, liberando negociação de Bitcoin e Ethereum diretamente em seu aplicativo. O recurso, que já estava disponível na plataforma íon para um público limitado, agora pode ser acessado no menu de investimentos do superapp Itaú.

Conforme comunicado enviado ao Livecoins, as operações terão uma taxa fixa de 2,5% no momento da compra, enquanto a venda será isenta de tarifas adicionais. O banco será responsável pela custódia dos ativos digitais.

A decisão do Itaú é resultado de um “crescimento expressivo registrado pela plataforma íon”, também do Itaú, onde a negociação de criptomoedas já estava disponível em menor escala.

Apenas no último mês, o volume mensal de compras de Bitcoin e Ethereum na plataforma cresceu 300%, acompanhado de um aumento de 30% na base de novos clientes.

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João Araújo, diretor de Negócios, Plataformas e Experiências Digitais do Itaú, afirmou que a ampliação foi motivada pelo interesse crescente dos clientes em explorar novas classes de ativos.

“A adoção da negociação de criptoativos no superapp é resultado de um processo que começou na plataforma íon. Agora, com maior maturidade e demanda, estamos prontos para oferecer essa funcionalidade de forma acessível a todos os nossos clientes, com a segurança e praticidade esperadas”, disse Araújo.

O banco destaca que, neste primeiro momento, a oferta se limitará a Bitcoin e Ethereum, ativos amplamente consolidados no mercado. Essa abordagem está alinhada à estratégia do Itaú de oferecer produtos financeiros de forma segura e regulada.

Para acessar a nova funcionalidade, os clientes devem navegar até “Produtos > Investimentos > Criptoativos” no aplicativo, onde poderão realizar as operações de forma integrada e acompanhar seus investimentos.

Além de responder à demanda crescente, a ampliação reflete uma tendência de adaptação de instituições financeiras tradicionais ao mercado de ativos digitais.

Bancos têm enfrentado pressões para modernizar suas operações e oferecer produtos que atendam ao público cada vez mais interessado em criptomoedas, sobretudo após avanços regulatórios no setor.

O Itaú segue, assim, os passos de outras instituições financeiras que enxergam no mercado cripto uma oportunidade de diversificação e atração de novos investidores.

Enquanto isso, a plataforma íon, que já vinha operando com criptomoedas, continuará disponível como alternativa para clientes que preferirem utilizar essa interface.

De acordo com Guto Antunes, head da Itaú Digital Assets, o movimento é estratégico e acompanha a evolução do mercado.

“Os criptoativos estão cada vez mais presentes na economia global. Nosso objetivo é integrar esses ativos de maneira prática e segura, atendendo às necessidades de nossos clientes e contribuindo para a inclusão financeira no Brasil”, comentou.

Com essa iniciativa, o Itaú Unibanco reforça sua posição como um dos primeiros grandes bancos brasileiros a adotar Bitcoin como uma categoria de investimento integrada aos seus serviços digitais.

O movimento pode indicar uma maior aceitação institucional das criptomoedas no país e serve como mais um marco na digitalização do setor financeiro, que busca atender à crescente procura por ativos alternativos.



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