Os ativos domésticos apresentaram piora consistente em seus desempenhos nesta tarde de quarta-feira (27) em meio ao aumento da percepção de risco fiscal entre os agentes financeiros por conta de notícias de que o governo planeja expandir a isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas que ganham até R$ 5 mil.
Conforme informou o Valor mais cedo, o governo quer anunciar tal isenção paralelamente à divulgação dos cortes de gastos, mesmo que isso contrarie a equipe econômica.
Isso teria sido mal recebido pelos investidores, que esperavam uma postura mais firme do governo no ajuste fiscal, com medidas estruturais.
Na noite de hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve fazer um pronunciamento em rede nacional de sete minutos sobre os cortes de gastos.
Situação no começo da tarde
Perto das 14h05, o dólar comercial exibia valorização de 1,23%, cotado a R$ 5,8796, depois de ter encostado na máxima de R$ 5,9006 mais cedo.
O real agora tem o segundo pior desempenho da sessão, à frente apenas do rublo russo (hoje o dólar avança 6% frente a moeda russa).
Assim, no exterior a dinâmica na maioria dos mercados é de dólar fraco, com o índice DXY desvalorizando 1%, aos 105,945 pontos.
Juros exibem forte deterioração
Os juros futuros também exibiram forte deterioração e renovaram as máximas do dia, com a parte longa da curva a termo abrindo mais de 30 pontos-base – ou 0,3 ponto percentual.
No horário citado, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 saltava de 13,28%, do ajuste anterior para 13,435%; a do DI de janeiro de 2027 subia de 13,325% a 13,55%; e a do DI de janeiro de 2029 aumentava de 13,08% a 13,37%.
Ibovespa, por sua vez, chegou perto das mínimas do dia, ao recuar 1,49%, aos 127.987 pontos. O movimento é intensificado pela queda brusca e em bloco de ações de bancos. No mesmo horário, as ações ON do Bradesco tinham queda de 3,49%, a R$ 11,63.
Ibovespa também cai
Assim, por volta das 14h40, o Ibovespa também apresentava forte queda no pregão – a redução era de 1,44%, com o índice esbarrando em 128 mil pontos.
Com informações do Valor Econômico
