A inflação medida pelo IPCA, do IBGE, acumula alta de 4,29% em 2024, até novembro. Segundo cálculos do gerente do índice, André Almeida, a taxa de dezembro precisa ficar em no máximo 0,20% para que o resultado acumulado em 2024 seja de 4,5%.
O centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e perseguida pelo Banco Central (BC), é de 3% para 2024, mas há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
Caso a taxa de dezembro fique acima de 0,20%, isso significa que ultrapassará os 4,5% e encerrará 2024 acima do teto da meta.
Taxa em 12 meses mais alta desde setembro de 2023
Divulgado mais cedo, o IPCA desacelerou de 0,56% em outubro para 0,39% em novembro. O resultado acumulado em 12 meses, no entanto, avançou de 4,76% em outubro para 4,87% em novembro.
A taxa de 4,87% é a maior para um período de 12 meses desde setembro de 2023, quando tinha sido de 5,19%.
Com o resultado de 4,87%, a alta fica acima do teto da meta de inflação perseguida pelo BC.
Ao longo dos 11 meses de 2024, apenas em agosto houve taxa negativa (-0,02%).
“Em novembro, percebe desaceleração do IPCA frente ao mês anterior, mas uma aceleração no resultado acumulado em 12 meses. Matematicamente, isso representa a substituição da taxa de 0,28% em novembro de 2023 pela taxa de 0,39% em novembro de 2024”, afirma o gerente do índice, André Almeida.
Com informações do Valor Econômico
