Investimentos sem Imposto de Renda: veja opções
Ano novo chegando e, com ele, a possibilidade de fazer ajustes em sua carteira. Uma das prioridades de muitos investidores para 2025 é escolher investimentos sem Imposto de Renda. E isso é possível, optando por produtos que recebem incentivos do governo por beneficiar setores estratégicos da economia.
Investimentos sem Imposto de Renda
Por exemplo, a nova Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), título de renda fixa emitido por bancos de desenvolvimento para financiar seus projetos. Uma LCD emitida pelo BNDES com vencimento em 2028 paga hoje 94% do CDI, o equivalente a 11,51% ao ano e é um investimento sem Imposto de Renda.
Há, ainda, outros investimentos que não pagam IR. Mas há alguns cuidados a serem tomados, como você saberá com a ajuda de Marlon Glaciano, planejador financeiro e sócio da InvestPrime Planejamento Patrimonial.
“É essencial não priorizar apenas a isenção fiscal, mas avaliar o retorno líquido e os riscos de cada investimento. Analisar a saúde financeira do emissor em CRIs e CRAs, verificar a liquidez em LCIs e LCAs, e entender as regras de isenção dos Fundos Imobiliários são passos cruciais”, diz o planejador financeiro.
Lembre-se de sempre consultar a adequação de cada produto ao seu perfil de investidor e de observar também o seu nível de tolerância a riscos.
1. LCI, LCA e a nova LCD
Há investimentos de renda fixa privada sem Imposto de Renda e que te ajudam a investir sem pagar imposto de renda. Além da LCD, a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) também não tem a cobrança de imposto de renda.
Além disso, LCDs, LCIs e LCAs possuem a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para investimentos até R$ 250 mil por instituição e por CPF. Há, ainda, um limite global para a garantia de até R$ 1 milhão por pessoa a cada quatro anos.
2. CRI, CRA e debêntures incentivadas
Aqui estamos falando de títulos de renda fixa privada como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), além das debêntures incentivadas. Por não contarem com a garantia do FGC, esses títulos podem oferecer rendimentos expressivos aos investidores.
Contudo, como não há essa proteção, é necessário analisar com cautela extra quais as garantias dos emissores. Sabendo, por exemplo, que quanto maior for a rentabilidade do título, a tendência é que o nível de risco ou a duração do prazo até o vencimento também sejam maiores.
3. Dividendos de fundos imobiliários
Uma terceira opção para investir e não ter uma parte do rendimento comida pelo imposto de renda é optar pelos fundos imobiliários. Atendidos os requisitos previstos em lei, os dividendos dos FIIs são isentos da cobrança do imposto de renda.
Para isso, basta que o fundo tenha cotas negociadas em bolsa e ao menos 100 cotistas. O investidor também não pode ser dono de mais de 30% do FII.
Por outro lado, um eventual lucro que você tenha revendendo a cota do fundo na bolsa de valores vai ter cobrança de IR. Trata-se de uma alíquota fixa de 20% sobre o lucro da operação, independentemente do valor da cota.