Investimentos isentos de IR recomendados para novembro
Papéis de dívida privada isentos de Imposto de Renda (IR), os chamados investimentos incentivados, são opções interessantes para navegar o atual cenário de taxas de juros, segundo o Itaú BBA.
“Nos próximos meses continuaremos a observar rentabilidades muito atrativas para títulos atrelados à taxa de juros (…) o que torna estes instrumentos a melhor escolha para navegar o curto prazo”, afirma o relatório da equipe sob liderança do estrategista Lucas Queiroz.
Dessa forma, para o curto prazo os especialistas do BBA recomendam manter alocação em títulos pós-fixados, atrelados ao CDI.
“Isso será capaz de amortecer a volatilidade dos próximos meses, propiciar liquidez para aproveitar futuras oportunidades e continuar apresentando elevada rentabilidade”, afirma o documento.
Enquanto isso, para papéis prefixados, Queiroz e equipe orientam o investidor a preferir aqueles com prazo médio de 2 ou 3 anos.
Isso porque papéis desse perfil já embutem cenário de taxa Selic acima de 13% ao ano e inflação superando a meta.
Eles ainda podem se beneficiar de cenário mais brando de inflação nos próximos trimestres, o que abriria espaço para ganhos com marcação a mercado.
Títulos de inflação são foco para investimentos isentos de IR
Por fim, para títulos indexados à inflação (IPCA+), a sugestão para quem busca investimentos isentos de IR é buscar prazos médios superiores a 5 anos.
“Enquanto os pós-fixados devam apresentar rentabilidades acima da inflação nos próximos meses, não projetamos que este cenário se mantenha em horizontes mais longos”, aponta o relatório
Então, confira a cesta de papéis que os especialistas do Itaú BBA enxergam como boas alternativas de ganhos com incentivados.
Neste caso, todos os papéis selecionados têm como referência as NTN-B, títulos do governo que têm a inflação como referência, mais um ganho real.
Papéis disponíveis para investidores de varejo
Emissor/título | Código | Vencimento | Taxa de referência | Rentabilidade nominal aproximada* |
Carrefour Brasil/CRA | CRA022008SZ | 16/08/2027 | IPCA+ 6,4% | 12,44% |
Engie Brasil/debênture | EGIEA1 | 15/11/2033 | IPCA+ 6,2% | 12,24% |
Cteep/debênture | TRPLB4 | 15/10/2038 | IPCA+ 6,2% | (±) 11,7% |
Rio+ Saneamento debênture | SABP12 | 15/11/2043 | IPCA+ 7,3% | (±) 12,7% |
Papéis disponíveis para investidores qualificados
Emissor/título | Código | Vencimento | Taxa de referência | Rentabilidade nominal anual aproximada* |
Grupo Mateus CRI | 22C1362141 | 17/07/2034 | IPCA+ 7% | 12,8% |
Águas do Rio debênture | IS414 | 15/09/2034 | IPCA+ 7,2% | 13% |
Intervias debênture | VIAA0 | 15/05/2038 | IPCA+ 6,9% | 12,6% |
Prio/debênture | PEJA22 | 15/02/2034 | IPCA+ 6,8% | 12,65% |
Águas do Rio debênture | RIS424 | 15/09/2042 | IPCA+ 7,4% | 13,2% |
Águas do Rio debênture | RISP24 | 15/09/2042 | IPCA+ 7,3% | 13,1% |
Por que títulos de inflação são uma opção interessante
Para Queiroz e equipe, embora a Selic deva continuar subindo nos próximos trimestres, em horizontes mais longos o retorno de títulos pós-fixados deve convergir para o nível de equilíbrio ao redor de 5% ao ano.
Por isso, dentre os investimentos isentos de IR, aqueles indexados à inflação se apresentam com boas chances de ganhos no médio prazo, ponderou.