Economia

Ibovespa perde os 125 mil pontos e fecha no nível mais baixo desde julho

O anúncio da elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda, acompanhado pelo pacote de corte de gastos, afastou dos agentes a visão de que o governo busca a estabilidade da dívida pública, o que gerou mais um dia de desmonte de posições e reprecificação dos ativos domésticos. O Ibovespa encerrou a sessão com queda de 2,40%, aos 124.610 pontos, perto da mínima do dia, que foi a 124.390 pontos. A última vez que o índice foi negociado abaixo dos 125 mil pontos tinha sido em 2 de julho, quando chegou aos 124.787 pontos. Já na máxima, o índice tocou os 127.668 pontos.

A subida mais expressiva dos juros futuros, que ultrapassaram os 14% em alguns vencimentos, gerou uma intensa correção nos preços de ações mais domésticas. Ações da MRV chegaram a entrar em leilão durante o pregão e fecharam o dia em queda de 14,10%, a R$ 5,30. Por outro lado, papéis de companhias com boa parte da receita em dólar, como JBS, responderam pelas maiores altas ao subir 3,35% a R$ 36,38.

Entre as blue chips, o maior recuo foi registrado pelos papéis do Bradesco PN, que caíram 4,20% a R$ 12,76. Ações da Ecorodovias passaram por leilão ao longo da sessão e terminaram o dia com queda de 19,79% a R$ 5,35. O papel foi afetado porque a companhia venceu a licitação da Nova Raposo com uma oferta que ficou cerca de R$ 1 bilhão acima do segundo lugar.

Mesmo com o mercado americano fechado devido ao feriado de Ação de Graças, o volume financeiro no índice foi de R$ 20,4 bilhões, o que ficou acima dos R$ 19.5 bilhões da sessão anterior. Já na B3, o volume financeiro bateu R$ 27,5 bilhões.

*Com informações do Valor Econômico

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