“Homem-bomba do Bitcoin” no Mato Grosso recebe meio século de pena de prisão
O brasileiro que ficou conhecido como o “homem-bomba do Bitcoin“, após explodir um supermercado e ferir pessoas, recebeu sua pena de prisão pela justiça do Mato Grosso, na última terça-feira (17).
Como noticiado pelo Livecoins, ele passaria pelo julgamento via júri popular, com início na última segunda-feira (16).
Com a decisão, Rodrigo Machado de Oliveira foi condenado a 51 anos e cinco meses de reclusão e 70 dias-multa pelos ataques a bomba em duas unidades do Supermercado Tropical, realizados no ano passado, em Rondonópolis (MT).
Homem-bomba do bitcoin no Brasil, condenado a prisão, enfrentou 18 horas de sessão de julgamento
O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri da comarca em uma intensa sessão de julgamento que durou cerca de 18 horas na segunda-feira (16). A promotora de Justiça Ludmilla Evelin de Faria S. Cardoso atuou no plenário durante o processo, que resultou na condenação do acusado.
De acordo com a sentença proferida pelo magistrado Leonardo Costa Tumiati, o réu cumprirá a pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.
O Conselho de Sentença acolheu a tese apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso, responsabilizando o réu pelos crimes de homicídio tentado, explosão, extorsões e posse de artefato explosivo ou incendiário. A decisão reforça o entendimento jurídico de punição severa a condutas de extrema gravidade, conforme destacado na sentença.
Tentativas de extorsão frustradas e explosão marcam o caso
O supermercado Tropical, vítima da explosão, recebeu ligações antes do ocorrido, no qual o agora condenado pediu pagamento em bitcoin para não explodir a unidade. Como o supermercado pensou ser um golpe e não realizou o pagamento, o criminosos acionou o dispositivo de uma moto parada na frente do estabelecimento, visto que havia plantado o artefato previamente.
No outro dia, ele voltou a pedir o pagamento em bitcoin para não explodir outra unidade. Acionada, a polícia evacuou o local e conseguiu desativar um artefato lá plantado. As investigações analisaram vasto material a procura do suspeito, de telefones e câmeras de segurança, chegando até o verdadeiro culpado.
Rodrigo tem mais de 15 anos de experiência no manuseio de explosivos, apontam as investigações. Ele planejou o plano desde 2022, efetuando a explosão em abril de 2023.
Ao todo, ele cobrava o pagamento de R$ 300 mil em bitcoin, tentativa de extorsão que ele complementava com ameaças de explodir 11 unidades da rede de mercados. Além disso, ele ameaçou espalhar inverdades publicamente, de que o mercado seria um alvo de uma organização criminosa do qual pegou dinheiro emprestado e não pagou de volta. Cobertura com informações do MPMT.