Mercado financeiro

Haddad e Galípolo devem seguir repercutindo

O morning call desta terça-feira (15) mostra que o dia será composto principalmente pelo monitor do PIB. Será o dado de agosto, emitido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Então, as falas tanto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, devem seguir repercutindo no mercado.

Ambos participaram da edição de 2024 do Macro Vision, evento organizado pelo Itaú BBA em São Paulo na última segunda-feira.

Dessa forma, o tom de Haddad foi otimista.

Disse que o Brasil se ficar nos trilhos pode atingir grau de investimento até 2026. Para isso, o ministro entende que o caminho é o arcabouço fiscal. O ministro foi além: disse que dificilmente a reforma do Imposto de Renda da pessoa física sai neste ano. O mercado parece ter gostado.

Já Galípolo enfrentou no Macro Vision o primeiro teste público desde que o Senado o aprovou como novo presidente do Banco Central – assume no ano que vem, a partir de janeiro. E falou o que o mercado queria ouvir.

“Mudança na meta não é tema para o BC. Acho que o BC não deveria nem votar no CMN (Conselho Monetário Nacional) sobre a meta que ele deveria perseguir”. E concluiu: “O BC persegue meta, não define”.

Nem tão positivo

Rogério Xavier, da SPX Capital, está pessimista com o rumo da economia. Ele está preocupado com os gastos do governo e os desequilíbrios fiscais. Assim, ele faz um alerta de que se o Brasil não tratar – justamente – da questão fiscal, corre sério risco de perder a âncora nominal.

Para o mercado pensar: o que vem pela frente

Tão impactante quanto a fala de Xavier, foi a análise feita por Jon Lieber. Ele é chefe de pesquisa e diretor da Eurasia Group para os Estados Unidos.

E para ele, a possível interferência de Donald Trump no Fed, o banco central norte-americano, pode causar pressão nos mercados.

Assim, a disputa entre Trump e a democrata Kamala Harris tem tudo para ser decidida em detalhes. Detalhes que hoje favorecem o republicano.

Dessa maneira, as próximas semanas até a eleição serão animadas. Por enquanto, resta descobrir como fecharam as bolsas nos Estados Unidos e Brasil.

Morning call e a bolsa de valores brasileira

O Ibovespa encerrou em forte alta, após a notícia de que o governo estuda medidas de contenção de gastos, que devem ser anunciadas após as eleições municipais. Houve também a queda dos juros futuros de longo prazo, que causou um avanço generalizado nas cíclicas domésticas. Assim, os investidores deixaram em segundo plano o mau humor do início da sessão provocado por dúvidas com a economia chinesa.

O índice subiu 0,78%, aos 131.005 pontos. Na mínima intradiária, o Ibovespa chegou a 129.729 pontos, enquanto na máxima tocou os 131.220 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 13,4 bilhões no Ibovespa e de R$ 18 bilhões na B3.

E nos Estados Unidos?

O morning call mostra que Wall Street fechou em alta impulsionado pelo bom desempenho das ações de tecnologia. O setor de tecnologia do S&P 500 fechou em alta de 1,36% e as concessionárias avançaram 1,29% em um dia sem muita liquidez com parte do mercado fechada em respeito ao Columbus Day.

Dessa forma, no fechamento o índice futuro atrelado ao Dow Jones subiu 0,47% a 43.065,220 pontos, S&P 500 avançou 0,77% em um novo recorde a 5.589,85 pontos e o Nasdaq teve ganhos de 0,87% a 18.502,68.

Então, Nvidia subiu 2,43% no dia impulsionando o setor de tecnologia e a Nasdaq, atingindo seu maior preço de fechamento já registrado, de US$ 138,69.

A ação já subiu 172% este ano. A alta de hoje foi impulsionada por uma recomendação de compra da Melius. A empresa de rádio por satélite Sirius XM subiu 7,90% que a Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett comprou US$ 87 milhões em ações da companhia.

Do outro lado, o Morgan Stanley rebaixou a recomendação de ações da fabricante de máquinas e equipamentos Caterpillar de manutenção para venda, pressionando as cotações, que fechou em queda de 2% Já as ações da Boeing caíram 1,34%, depois que a empresa anunciou que fará um corte de 10% de seus funcionários e que vai atrasar ainda mais o lançamento de seu novo modelo 777X, seguindo os prejuízos registrados em mais de um mês de greve.

Com informações do Valor Econômico

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