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Grupo Mateus (GMAT3) compra Novo Atacarejo e dá origem a negócio com receita bruta de mais de R$ 10 bilhões por ano no Nordeste

O Grupo Mateus (GMAT3) celebrou, na última quinta-feira (19), um acordo para a combinação de negócios com outra rede varejista do Nordeste, o Novo Atacarejo, de matriz pernambucana.

A união das duas empresas se dará especificamente nos mercados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, mas não inclui os negócios de eletrodomésticos do Grupo Mateus nesses estados, que continuarão a ser operados de forma independente pela companhia, por meio das suas subsidiárias operacionais.

A transação foi aprovada pelo Conselho de Administração do Grupo Mateus, e como será efetuada por subsidiárias da companhia que são empresas de capital fechado, não depende da aprovação dos acionistas detentores dos papéis GMAT3.

O acordo prevê um aporte de R$ 378.481.704,48 pelo Grupo Mateus no caixa do Novo Atacarejo, valor este sujeito aos ajustes usuais para esse tipo de operação, diz o fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O aporte será feito em três parcelas anuais de mesmo valor, sendo que a primeira delas será desembolsada apenas após a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Já a segunda e a terceira parcelas serão aportadas 12 e 24 meses, respectivamente, após o aporte da primeira parcela, e seus valores serão corrigidos pela inflação medida pelo IPCA entre a data da assinatura do contrato de associação e a respectiva data de pagamento.

Como resultado, o Grupo Mateus passará a deter 51% do capital votante da empresa resultante, e o sócios-fundadores do Novo Atacarejo (as empresas NSA e Ambapar) ficarão conjuntamente com os 49% restantes.

“No contexto da operação, o Novo Atacarejo será transformado em uma sociedade por ações”, observa o fato relevante do Grupo Mateus.

Os papéis do Grupo Mateus (GMAT3) e do Novo Atacarejo na nova companhia

Ainda segundo o fato relevante, no fechamento da operação, será celebrado um acordo de acionistas, que irá prever que a empresa resultante seja administrada por um Conselho de Administração cuja maioria dos membros seja indicada pelo Grupo Mateus, incluindo o presidente do colegiado.

Já o diretor presidente (CEO) da nova companhia será o atual CEO do Novo Atacarejo, Daniel Luiz Guerra Costa. O Grupo Mateus, por sua vez, terá o direito de indicar e eleger o diretor financeiro (CFO) da sociedade resultante.

“Nos termos do contrato de associação, após o fechamento da operação, a sociedade resultante será o veículo exclusivo das partes para investimentos nos negócios de atacarejo, varejo e atacado de distribuição nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba”, conclui o documento.

Quem é o Novo Atacarejo

Segundo o fato relevante, o Novo Atacarejo é uma importante rede de atacarejo regional que auferiu uma receita bruta de mais de R$ 5,6 bilhões nos 12 meses terminados em 30 de setembro de 2024.

No mesmo período, as lojas e centros de distribuição do Grupo Mateus localizados nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba auferiram faturamento bruto de cerca de R$ 4,9 bilhões.

Assim, a combinação desses negócios na região resulta em uma companhia com receita bruta de cerca de R$ 10,5 bilhões por ano.

Atualmente, o Novo Atacarejo opera 32 lojas em Pernambuco, duas lojas na Paraíba e um centro de distribuição, e possui modelo de negócios e direcionamento similares aos do Grupo Mateus.

Seus acionistas de referência têm forte histórico no setor de varejo de alimentos no Brasil. “A família Assis, atual controladora do Novo Atacarejo, sempre se destacou por sua excelência na condução de negócios no setor de varejo alimentar, tendo sido fundadora da rede de supermercado Bretas, em Minas Gerais”, explica o fato relevante.

“A implementação da Operação representará o fortalecimento da estratégia de expansão regional do Grupo Mateus oferecendo para os clientes da região uma experiência de compra cada vez mais completa, com base nas bandeiras Mix Mateus, Mateus e Novo. Além disso, o movimento de consolidação está alinhado com o propósito de contribuir com o desenvolvimento econômico das regiões Norte e Nordeste do país por meio da geração de empregos formais diretos e indiretos”, diz o documento.

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