Greve de auditores fiscais ameaça liberação de mercadorias e comércio
Os auditores fiscais federais brasileiros iniciaram uma greve nacional por causa de salários, de acordo com uma postagem no site do sindicato, avisando que a ação iniciada na terça-feira (26) duraria indefinidamente e incluiria um protesto em Brasília na próxima semana.
A mobilização, que preocupa comerciantes de commodities agrícolas, importadores de bens de capital e agências de navegação, pode afetar a movimentação de cargas em portos como o de Santos, o maior da América Latina.
Os auditores trabalham na alfândega, inspecionando cargas e também determinando impostos sobre importações e exportações.
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“A greve ocorre em um momento em que o país enfrenta vários problemas logísticos e pode comprometer ainda mais o comércio exterior brasileiro”, disse o escritório de advocacia Martinelli Advogados, de Santa Catarina.
“É inaceitável que os Auditores-Fiscais não tenham reajustado o seu vencimento básico, que acumula perdas inflacionárias desde 2016. Da mesma maneira, não aceitaremos tratamento não isonômico em relação a outras categorias”, disse o presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Isac Falcão. “O governo tem uma obrigação a cumprir com os Auditores-Fiscais e está inadimplente. Vamos, mais uma vez, com a força da nossa categoria mobilizada, fazer valer nossos direitos.”
Os auditores da Receita Federal estão mobilizados desde julho, cobrando do governo a abertura da negociação do reajuste do vencimento básico. Em outubro, a mobilização escalou para paralisações de 24 horas e 48 horas. Em novembro, a categoria cumpre 48 horas de paralisação em todas as terças e quartas-feiras do mês.
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(com Reuters)
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