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executivo explica troca de CEO para Raízen

A recente dança das cadeiras dentro da diretoria da Cosan (CSAN3) fez com que o antigo CEO da holding de investimentos de Rubens Ometto, Nelson Gomes, fosse para a presidência da Raízen (RAIZ4). Segundo o diretor-executivo de finanças da Cosan, Rodrigo Araújo, a troca de cargos deve reforçar a execução de projetos e investimentos na produtora de açúcar e etanol.

Há 16 anos na Cosan, Gomes é a pessoa certa para fazer a Raízen atravessar o momento de dificuldade macroeconômica, ao mesmo tempo em que agrega “foco em execução” de investimentos e projetos, diz Araújo. Quem assumiu a cadeira de CEO da Cosan foi Marcelo Eduardo Martins, também veterano da holding.

Para CFO da Cosan ‘informalidade’ é risco para Raízen

A Cosan (CSAN3) prefere, pelo momento, manter e reforçar investimentos em seu atual portfólio de marcas em vez de investir em novos ativos. Esta é a avaliação de Araújo à Inteligência Financeira.

Araújo também disse durante o evento AGF Day que atualmente um dos grandes desafios enfrentados pela Raízen é a competição com empresas “informais” no mercado de combustíveis.

Sem detalhar muito que tipo de companhias atuariam fora das lei, o CFO da Cosan (CSAN3) descreveu que ações realizadas combatem a “informalidade no setor”.

“Mas é um grande desafio para a Raízen”, reafirmou. Assim, não é a primeira vez que o mercado ilegal chama a atenção de um executivo de uma empresa do setor.

Além disso, outro desafio enfrentado pela Raízen (RAIZ4) neste ano é ambiental: a empresa foi afetada pelas queimadas em São Paulo. Hoje, ela consegue moer 31 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O momento atual do ciclo, segundo Araújo, é de aceleração dessa moagem para o açúcar.

Cosan (CSAN3) quer evitar amortizações para 2026

Quanto ao perfil de endividamento, a holding de Rubens Ometto quer manter 2026 livre do pagamento de amortizações de empréstimos ou operações financeiras.

A Cosan possui dívida líquida de R$ 21,3 bilhões, com cronograma para pagar uma fatia de R$ 580 milhões em 2025. Não há vencimento de prazos para 2026, então o foco da companhia é diminuir amortizações para 2027. É quando a empresa deve desembolsar R$ 2,5 bilhões em amortizações, conta Araújo.

“Melhoramos no perfil de endividamento e vamos alongando prazos para que tenhamos tempo para diminuir a alavancagem”, afirma o CFO da Cosan (CSAN3).

A alavancagem financeira preocupou os investidores que participaram do AGF Day. Na Cosan, a proporção de dívida em relação ao lucro operacional teve alta no segundo trimestre deste ano em relação ao ano passado. Ela saiu de 2,1 vezes para 2,7 vezes o Ebitda.

“Manter a alavancagem na faixa de 2 a 2,5 vezes é importante”, destacou Araújo sobre o futuro da Cosan.

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